Invicto nas duas partidas que realizou até agora no Grand Prix de vôlei feminino, o Brasil encerra neste domingo sua participação na primeira rodada do torneio. Às 10h, no Maracanãzinho, o time enfrenta os Estados Unidos em uma reedição da final dos Jogos de Pequim. O cenário desta partida, porém, é completamente diferente daquele de 2008.
Se do lado brasileiro a equipe de José Roberto Guimarães tem algumas caras novas, do lado norte-americano apenas duas jogadoras estiveram presentes naquela decisão olímpica, justamente as duas líberos. No banco, porém, é que está a grande mudança. Campeão olímpico com o time masculino dos EUA, Hugh McCutcheon é agora o técnico da equipe feminina. Mais do que isso, ele é a estrela do grupo.
"Este grupo tem talento, mas o mais importante é a grande vontade que elas têm de aprender", comentou o treinador em entrevista exclusiva ao
UOL Esporte.
Para seu terceiro torneio à frente da seleção feminina, ele procurou fazer uma renovação completa. A média de idade do time é de 24 anos, e as atletas atuam, em sua maioria, no voleibol universitário. Mas quando questionado sobre um possível retorno de veteranas como Danielle Scott e Heather Bown, ele não hesitou. "Ah sim, com certeza, espero contar com elas ainda ao longo desse período. Mas neste começo, eu achei importante chamar essas atletas novas para dar experiência a elas".
No Grand Prix 2009, os EUA foram atropelados pela Alemanha e depois conseguiram uma virada heroica sobre Porto Rico. Agora, diante do Brasil, as esperanças de vitória são quase nulas, mas a expectativa de um bom jogo é real. "Precisamos ter respeito pelo Brasil, mas não podemos deixar que esse respeito vire medo, jamais", sentenciou McCutcheon.
No time brasileiro, apesar de reconhecer o favoritismo, Zé Roberto alerta para aspectos positivos da equipe norte-americana. "A gente tem que sacar bem, porque os EUA têm um time com um bom sistema defensivo", analisou o técnico. "Elas têm um bloqueio e uma defesa de qualidade".
O brasileiro ainda elogiou o trabalho realizado por McCutcheon. "Eles estão trabalhando com cautela, sempre visualizando mais pra frente, e eu acho isso muito bom", avaliou.
Segundo encontroVale lembrar que a partida deste domingo não será o primeiro encontro entre Brasil e Estados Unidos após os Jogos de Pequim. No início do mês passado, as equipes se enfrentaram pelas semifinais da Copa Pan-Americana, em Miami. Na ocasião, as norte-americanas, que contavam com algumas veteranas das Olimpíadas, saíram na frente, mas as brasileiras venceram de virada e foram à final do torneio, do qual o Brasil se sagraria campeão mais tarde.