O presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, revelou que recebeu garantia, por parte da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, que o clube terá total segurança no jogo da volta pela semifinal da Libertadores, contra o Grêmio, na próxima quinta-feira, às 21h50, no Olímpico, em Porto Alegre.

Pedro Vilela/AE Cruzeiro recorre à Yeda Crusius para ter garantia de segurança por episódio López
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"Já conversamos com a governadora, que foi deputada comigo em Brasília. Tenho relação boa com ela, que me garantiu dar toda segurança à delegação, e à torcida, espero que façamos uma festa em Porto Alegre e saia de lá com a classificação", afirmou Zezé Perrella, em entrevista à Rádio Itatiaia.

Os dois políticos pertencem ao mesmo partido, o PSDB. Atualmente, Zezé Perrella, que já atuou na Câmara Federal, é deputado estadual. "Tenho certeza que seremos bem recebidos. Tenho certeza que o povo do Sul também não aprova essa atitude racista do argentino", observou o presidente cruzeirense, referindo-se ao atacante Maxi López, que foi acusado pelo volante celeste Elicarlos, na vitória por 3 a 1, quarta-feira passada, no Mineirão de chamá-lo de "macaco".

Zezé Perrella considera que não apenas a delegação do Cruzeiro, mas também os torcedores que viajarem a Porto Alegre terão segurança absoluta. "O torcedor do Cruzeiro pode viajar a Porto Alegre com toda a tranquilidade. Quem tiver de ir, pode ir. Vamos ter toda a segurança", ressaltou o presidente, que estará no estádio Olímpico.

Segundo ele, o jogo contra o Grêmio pode ser considerada a "grande decisão" desta edição da Libertadores. "O que temos de lamentar, infelizmente, é o Grêmio tentando tirar proveito de uma situação de racismo para tentar reverter a situação favorável a eles, tentar tirar proveito de uma situação extremamente chata, que foi aquela, para se beneficiar", destacou.

Zezé Perrella, que semana passada havia respondido aos dirigentes gremistas por meio de carta aberta publicada no site oficial do clube, voltou a rebater afirmações de que a acusação contra Maxi López feita por Elicarlos foi armação do Cruzeiro.

"Depois os raposas são os Perrellas. O presidente do Grêmio (Duda Kroeff) disse que nós armamos isso, como vou armar situação depois de vencer jogo por 3 a 1, que vai nos trazer constrangimento no Rio Grande do Sul. Aquilo foi ação do próprio jogador, nós não tínhamos direito de pedir ao jogador para que não representasse, por uma questão humanitária. O ofendido foi ele, deixamos ele resolver da maneira que entendesse", disse.

Zezé Perrella voltou a manifestar estranheza também sobre declarações do técnico Paulo Autuori relacionadas ao episódio. "Estranho muito quando vejo o treinador que já trabalhou três vezes no Cruzeiro levantar essa suspeita", comentou o presidente cruzeirense.

"Até perguntei a ele se alguma vez nas três passagens que teve no Cruzeiro presenciou ou ouviu falar de alguma atitude nossa extra-campo para se beneficiar, nunca houve, o Cruzeiro é profissional", enfatizou.