Presidente da Fifa, Joseph Blatter, recebe Romário na sede da entidade em Zurique, na última terça
Romário esteve na sede da Fifa em Zurique, na última terça-feira, para uma reunião com Joseph Blatter, presidente da entidade. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o ex-jogador faria parte de um grupo de inimigos de Ricardo Teixeira, presidente da CBF e seu desafeto, que o cartola suíço quer reunir.
“Chegou a hora de fechar um acordo”, disse Romário ao jornal na saída da reunião. A ideia da Fifa é adiantar as negociações sobre a Lei Geral da Copa, que segue travada na Câmara. O documento deve deliberar sobre limites aos parceiros de marketing da Fifa, divisão de ingressos e temas polêmicos como a liberação de bebidas alcoolicas em estádios.
Além disso, segundo a publicação, a Fifa teria interesse em se aliar a Romário e outros desafetos de Teixeira para enfraquecê-lo. Antes aliado de Blatter, o cartola brasileiro apoiou o qatari Mohammed bin Hamman nas últimas eleições presidenciais e tornou-se um dos principais alvos do presidente da entidade-mor do futebol mundial.
Na última segunda, Blatter já havia se reunido com Pelé, representante do Governo Federal na festa de gala da Fifa, que premiou Lionel Messi como o melhor do mundo. Desde que assumiu o poder, a presidente Dilma Rousseff não lida diretamente com Ricardo Teixeira como fazia Lula, seu antecessor.
Por isso, a aproximação com a equipe da presidente é vista com bons olhos pela Fifa, que passou a lidar diretamente com o Governo Federal. Blatter também desejaria uma mudança na configuração do Comitê Organizador Local (COL), hoje presidido por Ricardo Teixeira e que tem o ex-jogador Ronaldo como uma espécie de “escudo”.
Segundo O Estado de S. Paulo, Romário defende um técnico no assunto na presidência, com “cinco ou seis ex-jogadores” o auxiliando. Um desses nomes seria Cafu, cujo envolvimento com o COL teria chegado até aos ouvidos de Umberto Gandini, diretor do Milan, que teria tentado confirmar a informação durante a festa da Fifa.
O ex-jogador disse também não acreditar que todas as obras da Copa estarão prontas a tempo do evento. "Dos estádios, talvez dez dos 12 estejam prontos. Já quanto as obras de mobilidade, creio que nenhuma das cidades irá terminar todas a tempo. E os aeroportos vão levar a situação ao limite para fzer contratos de emergência sem licitação".
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