![]() Érika deixa quadra com cara de decepção após derrota do Brasil para a Rússia |
O Campeonato Mundial feminino já estava complicado para o Brasil. Nesta segunda-feira, ficou ainda pior. O time do técnico Carlos Colinas perdeu para a Rússia por 76 a 53 e, caso se classifique para as quartas de final, o que já será um feito, vai ter de encarar as campeãs olímpicas dos EUA ou as campeãs mundiais da Austrália.
![]() Becky Hammon passa pela marcação brasileira. A armadora, nascida nos EUA, jogou bem. Veja mais fotos |
BRASIL 53 Adrianinha (11), Helen (2), Karen (0), Franciele (2), Iziane (5), Damiris (8), Sílvia (4), Fernanda Beling (0), Palmira (2), Alessandra (6), Érika (11) e Kelly (2). RÚSSIA 76 Arteshina (11), Zhedik (2), Danilochkina (8), Kuzina (7), Hammon (10), Vieru (3), Korstin (11), Stepanova (10), Osipova (4), Sokolovskaya (2), Abrosimova (8) e Vidmer (0). |
O Brasil está em quinto lugar do grupo F, à frente apenas do Japão. Com os resultados que carregou da primeira fase, a seleção só pode chegar a oito pontos. Após a primeira rodada das oitavas de final, Espanha e Rússia, invictas, já têm oito e, mesmo que uma delas perca suas duas próximas partidas, chegará a dez pontos.
Isso significa que o Brasil luta, no máximo, pelo terceiro lugar da chave. Para isso, porém, precisa bater Japão e República Tcheca, além de torcer contra esses dois rivais - e ainda contra a Coréia do Sul, que venceu as brasileiras na primeira fase - nos outros duelos.
Quem assistiu ao primeiro quarto não imaginava que o jogo seria tão ruim. A derrota foi por sete pontos, é verdade, mas foram 10 minutos de marcação forte e ataque relativamente balanceado do Brasil. Colinas começou o jogo com a jovem Damiris e a jovem pivô de 17 anos não decepcionou. Com 13 minutos em quadra nos dois primeiros períodos, terminou como a cestinha do Brasil, com seis pontos - fechou o jogo com oito pontos e três rebotes.
A novata foi bem, mas as veteranas seguiam com os mesmos erros. O ataque tinha problemas para pontuar e a seleção de Colinas tem não esconde de ninguém que os arremessos de longa e média distância não são seu forte. Nos primeiros 20 minutos, por exemplo, nenhuma bola de 3 caiu e só um arremesso de fora do garrafão foi convertido - com Sílvia, no segundo quarto. Ao fim do jogo, os números não eram muito melhores: 1 bola de 3 em oito arremessos e só três arremessos de fora do garrafão convertidos.
![]() | A ala reclamou que a seleção deixou a Rússia dominar o garrafão: . No total: 50 a 42 rebotes para as europeias. |
Nos dois últimos períodos, o jogo ficou feio. A marcação brasileira desapareceu e a vantagem russa chegou a 21 pontos. E só não aumentou por erros das próprias russas. Korstin, por exemplo, errou uma bandeja sem marcação no terceiro período - erros de bandeja, aliás, foram frequentes. Palmira e Iziane, duas vezes, desperdiçaram contra-ataques com finalizações atrapalhadas.
No último quarto, as russas só precisaram administrar a vitória que já estava garantida. O técnico Boris Sokolovskiy colocou suas reservas em quadra e a Rússia chegou a ter 26 pontos de vantagem. Korstin e Arteshina acabaram como cestinhas das europeias, com 11 pontos - Érika e Adrianhinha também marcaram 11 pontos para as brasileiras.
O próximo desafio do Brasil de Colinas é na terça-feira, às 10h30, contra o Japão.
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