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29/06/2011 - 17h57

Senador bate boca com ministro sobre abertura da Copa em São Paulo

Mauricio Savarese
Em Brasília

Apesar da antiga amizade, o ministro do Esporte, Orlando Silva, e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), ex-secretário da Casa Civil do governo paulista, trocaram críticas nesta quarta-feira (29) na audiência pública que inicia no Senado o trâmite da medida provisória que flexibiliza licitações e obras com vistas à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas do Rio de Janeiro.

O ministro respondia uma pergunta do senador Blairo Maggi (PR-MT) quando Aloysio interrompeu. “Desde 2007 se sabe que a Copa seria no Brasil. Não foi ontem. Agora vocês querem acelerar as licitações. Não tem cabimento”, disse em tom irônico o tucano, que trabalhou com Orlando para determinar a sede paulista no Mundial de 2014.

Depois de descrever o currículo político de Aloysio e de citá-lo como principal colaborador do governo de José Serra, concluído no ano passado, Orlando disse: “São Paulo é a única cidade que não tem estádio ainda. E quem indicou o estádio da Copa foram o governo do Estado e a prefeitura”. O plano paulista para o Mundial é o futuro estádio do Corinthians, em Itaquera.

Em outra intervenção, Aloysio pediu desculpas pela intervenção brusca, mas insistiu nas críticas. “Às vezes a gente fica com algo entalado aqui na garganta. O RDC (Regime Diferenciado de Contratações) põe em risco ou em dúvida a proteção jurídica que esses eventos devem ter. Isso não seria aceito em outros países”, afirmou.

Vazamentos

Depois de trocar piscadelas com o ministro, ele minimizou a troca de críticas. “Às vezes é bom o governante ficar irritado. É para o bem do público”, disse. “Não acredito que o ministro seja ingênuo, mas a ideia de sigilo nas licitações é. É óbvio que haverá vazamentos para licitantes e que esses vazamentos serão remunerados”. Orlando balançou a cabeça para disfarçar o incômodo.

Orlando afirmou que está tranquilo com as obras da Copa do Mundo, “inclusive com as de São Paulo”. Mas atribuiu o atraso paulista a um “problema de visão de governo”. Após a saída de Serra do Palácio dos Bandeirantes, assumiu a gestão também tucana de Geraldo Alckmin. Nenhum dos dois governantes admitiu fazer investimento público na construção de um estádio na capital paulista, ao contrário do que aconteceu em praticamente todos os outros projetos.

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