Terreno ainda está em fase inicial de preparação para as obras
O Ministério Público (MP) de São Paulo vai questionar a prefeitura sobre os motivos que a levaram mudar de posição e conceder incentivos fiscais à construção do Itaquerão, futuro estádio do Corinthians e sede paulista para a Copa do Mundo de 2014.
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Após dizer que a abertura da Copa deveria ser em São Paulo, o Ministro do Esporte Orlando Silva visitou as obras de Brasília e disse que a capital se credencia "fortemente" a receber o evento |
Por meio da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, o órgão cobra explicações da prefeitura. Em março, o MP questionou a legalidade de eventuais incentivos fiscais e ouviu do Executivo que não estava prevista ajuda desse tipo ao Corinthians.
Meses depois, o prefeito Gilberto Kassab encaminhou um projeto que concedia a emissão de R$ 420 milhões em títulos tributários que poderão ser comercializados pelo clube após a conclusão das obras. O projeto, que normalmente levaria meses para tramitar na câmara dos vereadores, foi aprovado a toque de caixa.
“Existe um texto e ele foi aprovado pela Câmara. Vamos solicitar esse documento, anexá-lo ao processo e apurar o que está acontecendo”, afirmou ao jornal Marca uma fonte não identificada do MP.
Vale lembrar que os incentivos fiscais só terão validade caso o Itaquerão seja escolhido como sede da abertura da Copa. Caso contrário, o Corinthians voltará ao projeto original do estádio, que prevê a capacidade para 48 mil espectadores (para a abertura são precisos 65 mil lugares), e arcará sozinho com os custos.
Em debate com o vereador e ex-superintendente do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, o presidente do Corinthians Andrés Sanchez “garantiu” a escolha da cidade, mas reconheceu não ter nenhum documento da CBF que ponha a cidade como palco do evento.
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