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Cronograma da reforma do estádio planejado pelo clube já está comprometido

Cronograma da reforma do estádio planejado pelo clube já está comprometido

29/07/2011 - 11h41

Com obras paralisadas há 45 dias, Beira-Rio vira dúvida para a Copa das Confederações

Vinícius Segalla
Em São Paulo

Desde o início do mês de junho, não é possível ver máquinas ou homens trabalhando na reforma do estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). A obra, que havia sido iniciada exatamente um ano antes, com recursos próprios do Internacional-RS, dono da arena, foi paralisada porque, em maio, o clube decidiu que tocaria a empreitada em parceria com a construtora Andrade Gutierrez.

Desde então, porém, não houve uma definição entre as duas entidades sobre cláusulas contratuais, nada foi assinado e o cronograma das obras está cada vez mais comprometido, a ponto de a construtora ter que afirmar que vai se esforçar para concluir a obra a tempo para a Copa do Mundo de 2014. Em relação a Copa das Confederações, que será de 15 a 30 de junho de 2013, dirigentes e conselheiros do clube admitem, sob a proteção do anonimato, que dificilmente o estádio estará pronto a tempo.

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O Beira-Rio, se tudo sair como espera a sua diretoria, será reformado pela Andrade Gutierrez a um custo total de R$ 290 milhões — o Inter-RS ainda aportará R$ 28 milhões na obra. Pelo contrato que o clube espera assinar, a empreiteira ficará obrigada a realizar a obra dentro do modelo de preço fechado, o que equivale a assumir eventuais aumentos de custos no decorrer da reforma, além de erguer um novo CT para o clube. Em contrapartida, a construtora poderá explorar o estádio por 20 anos.

A decisão pela parceria com a Andrade Gutierrez foi polêmica dentro da agremiação, parte dos dirigentes e conselheiros queriam que o Inter bancasse todo o projeto, como fez na construção do estádio, na década de 1960. Foi montado um plano que chegou a ser colocado em prática, de reformar o estádio em dois anos, a um custo de R$ 150 milhões. O estádio jamais seria fechado integralmente. A cada seis meses, uma quarta parte da arena seria reformada, deixando as áreas restantes livres para a ocupação do público.

Tal plano já caiu por terra. Com o atraso nas obras, será necessário, quando e se a empreiteira efetivamente assumir a reforma, trabalhar em três turnos e em todo estádio ao mesmo tempo para compensar o tempo perdido. Já se preparando para assumir os trabalhos, a Andrade Gutierrez informa, em nota, que "envidará todos os esforços para viabilizar a obra em tempo hábil para a Copa do Mundo de 2014".

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Apesar da disposição da construtora, o fato é que não será nos próximos dias que os operários voltarão ao batente. Enquanto os escritórios de advocacia contratados pelos dois candidatos a parceiros conversam para chegar a um contrato final que sirva a ambos, os conselheiros do Inter-RS aguardam a minuta contratual para ler, analisar, opinar e só então votar a sua aprovação ou rejeição.

De acordo com as normas estatutárias do clube, o contrato terá que passar por dois conselhos antes de ser oficializado. O primeiro é o conselho consultivo, formado por ex-presidentes e conselheiros com mais de 30 anos. Esta câmara vai analisar a minuta e redigir um relatório sobre o contrato, contendo recomendação de voto e, eventualmente, sugestões de alteração de cláusulas. Depois, é a vez do conselho deliberativo, composto por 240 membros com direito a voto, que dará - ou não - o aval final à parceria. Não há um tempo definido de duração desse processo, mas conselheiros colorados ouvidos pelo UOL Esporte apostam que a indefinição durará, pelo menos, mais um mês. Enquanto o Inter-RS delibera, a Copa se aproxima. 

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