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O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, sob investigação da PF

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, sob investigação da PF

17/10/2011 - 16h16 / Atualizada 17-10-2011

PF do Rio de Janeiro abre investigação contra Ricardo Teixeira por lavagem de dinheiro

Roberto Pereira de Souza
Em São Paulo

O delegado Vitor Pubel da delegacia de crimes financeiros, da Polícia Federal do Rio de Janeiro, será o responsável pelas investigações contra Ricardo Teixeira e seu irmão Guilherme Teixeira, ambos suspeitos de lavagem de dinheiro, na gestão da empresa Sanud. Além de presidir a Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo dirige também o Comitê Organizador Local da Copa 2014.

O pedido de investigação foi encaminhado pelo procurador da República Marcelo Freire há 15 dias. Em seu ofício, o procurador deu um prazo inicial de 90 dias para que o trabalho seja concluído.

O MPF pede que a Polícia Federal investigue a evolução patrimonial de Ricardo Teixeira, seus sócios e familiares, além do irmão Guilherme.

O inquérito que está na Delegacia de Crimes Financeiros,  na Polícia Federal/RJ,  vai apurar novas denúncias contra as duas empresas de Teixeira por remessa ilegal de dinheiro para o Brasil: a Sanud e a RLJ. Guilherme Teixeira é procurador da Sanud no Brasil, há mais de dez anos.

No ofício enviado à PF, o procurador da República Marcelo Freire diz que “Ricardo Teixeira e sua quadrilha podem ter cometido novos crimes de evasão de divisas”, usando a Sanud.

Agora, o caso ganha força pela entrada do CNJ na apuração da conduta de juízes que se relacionam com Ricardo Teixeira. Outro ponto  novo:  documentos que listam operações de suborno de mais de U$150 milhões citam também a Sanud com o beneficiária, em processo que corre na Suíça. Os suíços descobriam a Sanud e outras empresas de fachada em investigação sobre a falência da empresa que vendida os direitos de transmissão dos eventos da Fifa, a ISL.

ALGUMAS EMPRESAS ENVOLVIDAS EM SUBORNO, SEGUNDO JUSTIÇA SUÍÇA

Sanud US$ 8,5 mihões de 16/02/93 a 28/11/97
Beleza US$ 1,5 milhão de 27/03/91 a 01/11/91
Ovada US$ 820 mil 22/01/1992
Wando US$ 1,8 mihão de 06/07/89 a 22/01/93
Sicuretta US$ 42,4 mihões de 25/09/89 a 24/03/99

 

 “O caso está na Suíça mas os documentos serão requisitados pela Justiça brasileira”, informou uma fonte do Ministério Público Federal, habituada em investigações de crimes internacionais.

Da lista de empresa usadas para pagar propinas a dirigentes da Fifa, constam algumas empresas que podem esconder nomes de brasileiros, além de Ricardo Teixeira.  Wando, Beleza, Sicuretta, Renford Investments e Gilmark Tradings, com sede em Hong Kong, lideram os repasses ilegais, segundo investigadores europeus.

Ajufe responde

Em nota oficial, a Associação dos Juízes Federais, questionou a postura da corregedoria do Conselho Nacional de Justiça, que analisará o relacionamento de alguns juízes com a Conferação Brasiliera de Futebol, presidida por Ricardo Teixeira, investigado por lavagem de dinheiro. A Ajufe usará o campo de futebol da CBF, na Granja Comary, em torneio previsto para novembro. Eis um trecho da nota:

"Ilações irresponsáveis neste sentido, além de maldosas, uma vez que referido torneio de Futebol sequer realizou-se, podem configurar crime contra a honra dos magistrados federais individualmente e também reparação de danos morais nos termos da lei.

As parcerias realizadas pela Ajufe com a CBF possuem caráter institucional, obedecem ao ordenamento jurídico vigente, e visam favorecer a população de baixa renda e o fortalecimento da cidadania como o “Projeto João de Barro” e “Futebol Cidadão”.

Referida iniciativa da corregedoria nacional de Justiça, se confirmada, é midiática e infeliz, uma vez que nenhum juiz federal recebeu qualquer vantagem financeira da CBF.

Estivesse a CBF impedida de realizar contratos e parcerias na forma da legislação vigente a própria Copa do Mundo de 2014 estaria inviabilizada.

A Ajufe anuncia, outrossim, que esta semana, se confirmado o conteúdo do divulgado no site UOL, encaminhará pedido ao presidente do CNJ, ministro Cesar Peluso e procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para que estes façam a competente e  urgente averiguação na conduta da Corregedoria Nacional de Justiça, no sentido de esclarecer se esta já realizou a confirmação da legalidade e extensão do contexto das parcerias firmadas entre o CNJ e a CBF."

 

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