Presente na sede da Fifa, onde ouviu o anúncio de Brasília como sede da abertura da Copa das Confederações e palco de um jogo do Brasil na fase de grupos da Copa, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, não quis falar sobre as denúncias de desvio de verbas que atingiram o Ministério do Esporte desde a semana passada.
Queiroz contou até com a ajuda da Secretária de Comunicação Social, Samanta Sallum, para evitar as perguntas.
“Já falei sobre isso ontem [quarta-feira]”, esquivou-se diante das câmeras. “Já saí do Ministério faz seis anos. Existe um ministro do Esporte para falar a respeito.”
Diante da insistência dos jornalistas, Sallum interrompeu: “não tem por que ele falar sobre isso.”
O governador do DF é o antecessor de Orlando Silva Jr na pasta. Foi durante a sua gestão no Esporte que tiveram início os supostos casos de suborno, segundo divulgou a revista Veja, quando o Ministério firmou contratos com ONGs do policial militar João Dias Ferreira, pivô da crise.
Depois de ser preso por desvios nestes contratos, o policial, que também é do PC do B, denunciou um esquema de corrupção comandado por Orlando Silva.
Já quando o assunto foi a escolha de Brasília para abrir a Copa das Confederações, o governador demonstrou orgulho.
“A capital do Brasil vai abrir a Copa das Confederações, que é um belo torneio, um teste para mostrar o Brasil ao mundo. É uma conquista extraordinária, de uma cidade moderna, que vai responder com hospitalidade”, comentou.
“O ritmo nas obras do estádio está muito bom, até o fim do ano teremos 40% pronto”, completou.