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  • Ainda sem dinheiro do BNDES, Odebrecht pede R$ 200 milhões no mercado para tocar Itaquerão
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Festa pela confirmação do Itaquerão como abertura da Copa, mas dinheiro está curto

Festa pela confirmação do Itaquerão como abertura da Copa, mas dinheiro está curto

20/10/2011 - 18h37

Ainda sem dinheiro do BNDES, Odebrecht pede R$ 200 milhões no mercado para tocar Itaquerão

Roberto Pereira de Souza
Em São Paulo

Apesar dos primeiros fogos que ecoaram no Itaquerão nesta quinta-feira, após o anúncio de que a arena abrirá a Copa do Mundo 2014,  nem tudo é motivo de festa para a construtora Odebrecht. O núcleo financeiro que cuida da arena precisou ir ao mercado financeiro para conseguir um empréstimo de R$ 200 milhões.

A medida não é vista como emergencial dentro da construtora, mas o fato é que o trabalho no Itaquerão consumiu R$ 24 milhões em cinco meses e as negociações com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não foram tão simples como se imaginava em um primeiro momento. Sem caixa para o Itaquerão, a construtora pediu um empréstimo em nome próprio para alavancar as obras nos próximos meses.  

Oficialmente, o BNDES abriu uma carteira de crédito para construção ou reformas de estádios para a Copa 2014, no limite máximo de R$ 400 milhões/sede. Três sedes ainda não entraram em contato com o banco estatal: São Paulo, Porto Alegre e Brasília (os dois primeiros são particulares).

A assessoria do BNDES confirmou ontem que o dinheiro “reservado” ao Corinthians ainda não foi pedido. Tecnicamente, o banco poderia ter feito um empréstimo-ponte à Odebrecht que seria deduzido do valor limite (R$ 400 milhões).

“Mas essa operação não foi feita pelo BNDES. Já fizemos isso com o consórcio que toca a obra da arena pernambucana (a Odebrecht faz parte do consórcio). Para a arena corintiana, nada foi pedido, nem uma carta-consulta foi enviada”, explicou a assessoria do banco.

O prazo final para a retirada desse dinheiro junto ao banco estatal é 31 de dezembro de 2011.

Junto com a terraplenagem da área de 200 mil metros quadrados, teve início também a construção de outro projeto de engenharia: a financeira.

Técnicos da Odebrecht  sairam a campo para conseguir parceiros de múltiplas tarefas. Tarefa 1: um banco que faça a intermediação do empréstimo junto ao BNDES, cobrando taxas mais baratas. Tarefa 2: que esse banco aceite as garantias reais oferecidas pela Odebrecht para fechar a operação de emprésitmo de R$ 400 milhões. Tarefa 3: que o Corinthians aceite ser sócio minoritário nessa complexa operação até quitar toda a dívida junto ao banco. O clube deverá ter receita para pagar juro e o principal da dívida, totalizando cerca de R$ 740 milhões em 14 anos.

Pela engenharia financeira construída para retirar o dinheiro do BNDES e comercializar os títulos municipais da Prefeitura no valor máximo de R$ 320 milhões, a construtora e o banco intermediário seriam os responsáveis pelo estádio. O prazo para o fechamento da operação expira em 71 dias.

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