O Ministério do Esporte atualizou na semana passada a tabela de investimentos do governo federal (via Caixa Econômica Federal e BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) nas obras de mobilidade urbana das cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014, aumentando a previsão de seus gastos em R$ 107 milhões.
DINHEIRO FEDERAL NAS OBRAS DE MOBILIDADE DA COPA (EM R$ MILHÕES)
Cidade
Investimento federal
Rio de Janeiro (RJ)
1.179
São Paulo (SP)
1.082
Belo Horizonte (MG)
1.023,3
Manaus (AM)
800
Recife (PE)
675,1
Cuiabá (MT)
561,7
Salvador (BA)
542
Porto Alegre (RS)
484,4
Curtiba (PR)
441
Fortaleza (CE)
409,8
Brasília (DF)
361
Natal (RN)
361
TOTAL
7.920,3
Fonte: ministério do Esporte
Agora, o governo prevê injetar R$ 7,92 bilhões em obras de mobilidade urbana nos 12 municípios que receberão os jogos do torneio mundial de futebol. O montante irá financiar obras como construção de linhas de monotrilho, alças de acesso em avenidas e prolongamento e criação de vias urbanas.
Na atualização, foram incluídas a adequação viária e as obras de acesso à Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), com previsão de término em março de 2013. O valor total do empreendimento é de R$ 146 milhões, sendo R$ 107 milhões de investimento federal, via BNDES, e o restante em contrapartida do município.
No mesmo documento, na obra do monotrilho de São Paulo, que vai ligar o aeroporto de Congonhas ao estádio do Morumbi, que não será utilizado na Copa, a contrapartida do governo estadual caiu de R$ 2,02 bilhões para R$ 799,5 milhões. O investimento total na obra sofreu queda significativa: de R$ 3,1 bilhões para R$ 1,8 bilhão. A previsão de conclusão é maio de 2014.
A soma de R$ 7,92 bilhões não inclui os investimentos federais com ampliação de portos e aeroportos e com a construção dos estádios de futebol que serão utilizados na Copa. Também não entra na conta os valores emprestados pelo BNDES a grupos hoteleiros que têm projetos de ampliação de seus negócios para atender à demanda turística que será gerada pelo evento da Fifa.
A base de cálculo dos custos do governo federal em obras de mobilidade urbana é a chamada Matriz de Responsabilidades, documento assinado em 13 de janeiro de 2010 pelo então ministro do Esporte, Orlando Silva, e por 11 prefeitos e 12 governadores (Brasília, uma das cidades-sede, não tem prefeito).
A peça define as responsabilidades de cada ente federativo na preparação do evento nessas áreas. A Matriz de Responsabilidades trata das áreas prioritárias de infraestrutura das cidades que irão receber os jogos da Copa.
O instrumento tem o objetivo de definir as atribuições de cada um dos signatários (União, Estado, Distrito Federal ou município) para a execução das medidas conjuntas e projetos considerados imprescindíveis para a realização da Copa de 2014.