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UFC Rio

Tudo sobre a edição 134 do evento, dia 27/08, no Rio de Janeiro

Arte/UOL
Mário Yamasaki é árbitro desde o UFC 20, em 1999, e está confirmado para o UFC Rio

Mário Yamasaki é árbitro desde o UFC 20, em 1999, e está confirmado para o UFC Rio

19/08/2011 - 07h00

Brasileiro festeja 'convocação' e torce para arbitrar luta do título de Anderson

Maurício Dehò
Em São Paulo

Além de ter 14 lutadores dentro do octógono, o Brasil terá mais um personagem fundamental representando o país no UFC Rio, no próximo dia 27.  Mario Yamasaki é um dos árbitros mais antigos em ação e, com respeito reconhecido na cena do MMA, não poderia ficar fora do evento, até porque foi um dos responsáveis por trazer o UFC ao Brasil pela primeira vez, em 1998.

“Um UFC no meu país e não participar seria uma sacanagem”, brincou o árbitro, em entrevista ao UOL Esporte. “Para mim está sendo maravilhoso. Trabalhamos muito lá fora e às vezes o pessoal não nos conhece. Mas o UFC Rio terá uma repercussão muito grande para todos.”

Mas a comemoração ainda não é plena. O objetivo foi atingido, mas pode ser ampliado. “Meu maior desejo é fazer a luta principal dentro do meu país”, explica ele, sobre a vontade de arbitrar Anderson Silva x Yushin Okami, pelo cinturão dos médios do brasileiro.

Diferentemente dos eventos norte-americanos, em que a arbitragem é escolhida pelas comissões atléticas de cada estado, o fato de o Brasil sediar o UFC 134 mudou o método. A escolha foi do UFC, e outro destaque na arbitragem é o famoso Herb Dean. Já a definição de cada luta deve ser feita apenas no dia dos combates na HSBC Arena.

E, se no futebol os juízes geralmente são neutros, no MMA isso não se aplica, mesmo que Yamasaki tenha de trabalhar na luta de um velho conhecido, como Anderson Silva.

“Eu vi o Anderson começar. Para mim é a mesma coisa. Não importa quem esteja no octógono, a luta é igual”, analisa ele, antes de adicionar, com autoridade. “Já arbitrei vários brasileiros e até tive de desqualificar alguns. Todos sabem que não faria nada para denegrir meu nome. Lá dentro quem comanda sou eu.”

O fã e o árbitro

“Quando eu não estou arbitrando, sou um fã. Bem maior que você”, brinca Yamasaki, que alterna seus dois lados num mesmo evento, já que divide com outros profissionais o trabalho nas noitadas de lutas.

“Como árbitro, o olhar é técnico, tenho que procurar as falhas e preservar a integridade física dos lutadores. Quando estou fora, posso olhar as coisas boas, reparar nos golpes mais bonitos”, explica ele, que começou na profissão em 1999, a partir do UFC 20.

Atualmente, eventos como o UFC enfrentam polêmicas na decisão de alguns árbitros e jurados. Para o brasileiro, a difusão do esporte e de suas regras deve melhorar o nível de avaliação dos profissionais.

“As regras são bem claras, mas quem interpreta pode ver de maneiras diferentes. Todo mundo tem uma visão, mas a regra é uma só. Então é uma questão de como você analisa. Nas palestras eu destrincho a luta toda, ponho para assistir com o som ambiente e explico minuto por minuto o que está acontecendo, até o aluno entender”,  diz ele, que dá palestras para iniciantes e busca uma maior profissionalização entre os árbitros.

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