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Wallid Ismail posa com Ivo Meirelles e apresenta Jungle Fight na quadra da Mangueira

Wallid Ismail posa com Ivo Meirelles e apresenta Jungle Fight na quadra da Mangueira

25/11/2011 - 06h00

"UFC Brasileiro", Jungle Fight usa eventos em comunidades carentes para sonhar com TV aberta

Maurício Dehò
Em São Paulo

A volta do UFC ao Brasil, com a edição carioca do último mês de agosto, no Rio, foi um capítulo importante na crescente popularização do MMA no país. E, de olho nesta onda, um dos maiores eventos da modalidade na América Latina, o Jungle Fight, já sente os efeitos e sonha alto. A intenção é chegar à TV aberta, em um trabalho que combina noitadas para grandes públicos e programações em comunidades carentes, contribuindo para a massificação das artes marciais mistas.

Neste sábado, o Jungle Fight será na Quadra da Mangueira. Antes, um evento foi realizado na Cidade de Deus. As duas comunidades contam com UPPs, as unidades de Polícia Pacificadoras que marcam o controle do estado nos locais.

“Ir para estes locais é uma chance de popularizar o esporte. Estamos fazendo um trabalho muito forte e em 2012 planejamos fazer de 12 a 24 eventos. Vamos fazer na Rocinha... Esse trabalho com as UPPs é porque queremos que os ídolos dessa criançada sejam os esportistas, para elas poderem ver que podem conseguir algo melhor com o esporte. E o Brasil é a terra do MMA”, diz Wallid Ismail, presidente do Jungle Fight.

O evento terá uma edição em São Paulo em dezembro, com expectativa de seis mil pessoas no ginásio do Pacaembu. Uma noitada de maior porte no Rio espera atrair dez mil pessoas.

"O UFC é a Copa do Mundo, e o Jungle Fight é a Libertadores", diz Wallid

  • Apesar do monopólio do UFC em nível mundial, o Jungle Fight vê apenas vantagens com a chegada do Ultimate ao Brasil. Lutadores como José Aldo, Paulo Thiago e Lyoto Machida passaram pela competição, que se vê como criadora de talentos.

  • “O UFC é a Copa do Mundo e nós a Libertadores. Muitos dos lutadores do UFC vieram do Jungle Fight. É como uma divisão de base do UFC. Fazemos esse papel”, diz o presidente Wallid Ismail, fã declarado de Dana White. “A explosão se deve ao UFC. Não vou competir com eles, eu abro as portas, quero que os atletas lutem lá mesmo. Os competentes prevalecem, quando o UFC chega, os grandes ficam grandes e os pequenos somem. O Ultimate salvou o esporte e está escancarando portas, mas você tem de ser competente em aproveitar isso.”

O Jungle Fight renovou recentemente seu acordo de transmissões com a ESPN para os Estados Unidos. No Brasil é visto em pay-per-view, pelo canal Combate, da Globosat. O sonho, no entanto, é imitar o UFC, indo para a TV aberta.

“Estou trabalhando forte para isso. Temos um evento de alto nível e também sonho em ir à Globo aberta, mesmo que precisasse fazer em outro horário”, explica Wallid, que não descarta acordos com outras emissoras. “Tenho interesse em quem se interessa no Jungle Fight.”

Na Quadra da Mangueira

Wallid anunciou no início deste mês de novembro a realização do evento na Mangueira, após reunião com Ivo Meirelles, presidente da escola de samba do local. Em 22 de outubro, o Jungle Fight 33 foi realizado na Cidade de Deus, comunidade da Zona Oeste do Rio, e atraiu 2.500 pessoas, num evento considerado sucesso pela organização.

O combate principal neste sábado terá disputa do cinturão interino da categoria leve, até 70 kg. Neilson Gomes, da Champions Team - equipe de Luiz Dórea, mestre de Júnior Cigano -, vai encarar Adriano Martins, da Top Life Amazonas.

Estão previstos mais seis lutas, nas categorias galo, pena, leve e meio-médio. A transmissão do canal Combate é anunciada para as 21h (de Brasília), neste sábado.

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