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Ednaldo Lula entra no ringue observado por Júnior Cigano, seu colega de treinos

Ednaldo Lula entra no ringue observado por Júnior Cigano, seu colega de treinos

08/01/2012 - 06h00

Sparring de Cigano festeja deixar trabalho de segurança por chance no UFC Rio

Maurício Dehò
Em São Paulo

Quando Júnior Cigano nocauteou Cain Velásquez e conquistou o cinturão dos pesos pesados do UFC, em novembro, não foi apenas ele quem comemorou. A festa tomou parte da equipe comandada pelo técnico Luiz Dórea, em Salvador, assistindo à colheita dos frutos de anos de trabalho. Ednaldo “Lula” Oliveira é um dos lutadores que pôde se enxergar na conquista. Sparring do novo campeão e também um peso pesado, ele sonha com um futuro igual ao do amigo, e inicia sua busca ainda no embalo do feito, ao estrear no UFC no próximo sábado, no Rio.

'EX-LULA MOLUSCO' MUDA APELIDO

"Quando comecei a treinar, pesava 75 kg e media 2 metros. Falavam que eu era só cabeça e pé, igual o Lula Molusco", explica o peso pesado baiano. Hoje o lutador tirou o "Molusco" do apelido e atende apenas por Ednaldo Lula. "Apelido pega mesmo é quando você não gosta", ri ele.

A entrada do peso pesado baiano no UFC Rio, mais do que isso, significou se soltar de amarras que o impediam de viver seu sonho: o de ser lutador em tempo integral. Foi só ao assinar com o evento que ele pôde deixar para trás a rotina cansativa em que dividia estudos, trabalho e treinos. Outra assinatura comemorada por ele foi a da demissão de seu emprego como segurança.

“Eu trabalhava há sete anos numa empresa, como vigia noturno e depois supervisor de segurança. Confesso que foi bom, muito bom, saber que não vou mais precisar trabalhar à noite, que era muito cansativo. Agora poderei canalizar minhas energias só para treinar”, afirmou ao UOL Esporte Ednaldo. Os estudos, no 10º semestre de direito, ele não abandona, e explica: “quem desiste é fraco!”.

Ednaldo começou no mundo das lutas aos 14 anos, com o mesmo mestre de jiu-jítsu de Cigano, Iuri Carlton. Após quatro lutas, foi “promovido” a pupilo de Luiz Dórea, técnico principal do catarinense, que passou a lhe afiar o boxe, a ponto de hoje Ednaldo hoje citar como seu ponto forte a trocação, e não mais apenas a luta de chão.

A preparação com Dórea teve o detalhe especial de acompanhar o dia a dia de Cigano, considerado melhor boxeador do MMA atualmente.

NAPÃO, O RIVAL


Gabriel Gonzaga, o Napão, foi chamado de última hora para o UFC deste dia 14, após o corte do inglês Rob Broughton. O experiente volta ao UFC, depois uma longa passagem, entre 2005 e 2010, quando lutou pelo cinturão, mas perdeu para Randy Couture. Após derrotas para Cigano e Brendan Schaub, ele se ausentou, mas vem de vitória contra Parker Porter, no Reality Fighting. Após deixar o Ultimate, ele chegou a dizer que só competiria no jiu-jítsu, mas resolveu dar mais uma chance ao MMA, em sua primeira luta no Brasil desde 2004.

“Graças a Deus ele está aí hoje como campeão. Eu treinei a vida toda com ele, era seu sparring, por ser o único peso pesado da academia, ao lado dele”, conta o baiano, que admite, com modéstia. “Desde a primeira, as mãozadas do Cigano já eram pesadas. Às vezes eu consigo deixar de igual  para igual, mas o homem é forte.”

Dórea destaca envergadura e estilo destemido

O técnico Luiz Dórea esperava ter algum tempo de férias após a conquista de Cigano, mas virou o ano se dedicando aos trabalhos com Ednaldo. Para ele, o pupilo é o melhor peso pesado atuando no Brasil atualmente, merecendo a chance no UFC.

“Ele é aguerrido, um atleta que teve origem no chão, mas evoluiu muito bem no boxe e tem vencido por nocaute. O Ednaldo sabe usar sua envergadura e é destemido. Sabemos que sua categoria é difícil, e que a estreia vai ser dura”, afirmou o técnico, sobre o rival do UFC Rio, Gabriel Gonzaga, o Napão. “Ele (Napão) é excelente, soca muito bem e tem um ótimo chute.”

“Ele é um cara que respeito muito, tem seu espaço, mas eu vou conquistar o meu”, completa Ednaldo, sobre o veterano Napão, que retorna ao UFC. O baiano admite que a ansiedade às vésperas do combate só aumenta. “Estou meio sem dormir direito, mas é normal (risos).”

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