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UFC 142

Na segunda edição do UFC Rio, Aldo e Belfort são as estrelas

Divulgação
José Aldo já está ansioso para luta na TV aberta e narrada por Galvão Bueno

José Aldo já está ansioso para luta na TV aberta e narrada por Galvão Bueno

10/01/2012 - 06h00

Aldo diz que vitória narrada por Galvão pode elevá-lo a ídolo e revela ansiedade

Maurício Dehò*
Do UOL, em São Paulo

José Aldo é considerado um dos grandes lutadores da atualidade e é colocado na lista de melhores lutadores peso por peso do UFC. Mas o jovem manauara ainda está em fase de ascensão, colocando gradualmente seu nome entre as grandes estrelas do evento e até do esporte brasileiro. Um passo importante neste sentido pode ser dado neste sábado, quando ele defende o cinturão dos penas em casa e pode ter este crescimento potencializado pela transmissão em TV aberta e pela voz do narrador Galvão Bueno.

Aldo construiu seu caminho no MMA com um estilo agressivo e ortodoxo de lutar, cheio de joelhadas voadoras e nocautes surpreendentes. Fora do octógono, mantém-se alheio às polêmicas e dá lugar a um jeito simples e tímido, mesmo que sempre sorridente. O perfil pode não ser o daqueles lutadores que dividem opiniões e de cara viram ídolos, mas a exposição pode ajudar neste crescimento.

“Com certeza uma vitória no Rio com direito a narração do Galvão vai me projetar bastante”, disse ao UOL Esporte o campeão do Ultimate, que encara o invicto Chad Mendes no sábado. “Ter uma luta narrada pelo Galvão Bueno é mais do que um sonho, na verdade eu nunca imaginei que o MMA pudesse chegar aonde chegou.”

O peso pena é um fã de futebol, principalmente do Flamengo, clube com o qual assinou contrato. Com isso, está acostumado a ouvir a voz do narrador, mas em outro contexto. Aldo admite que gostou do que ouviu na estreia de Galvão, em novembro, quando ele foi a voz por trás da conquista de Júnior Cigano, novo campeão dos pesos pesados.

“A luta do Cigano foi muito rápida. Mas achei que o Galvão mandou bem, foi uma boa estreia”, analisou ele, com seu lado torcedor. O brasileiro ainda elegeu o título brasileiro na Copa de 2002 como a narração que ficou gravada na memória com o global nos microfones.

José Aldo
José Aldo

Por foco, Aldo “apaga” torcida mas admite ansiedade

O UFC Rio ficou marcado por mostrar aos fãs de MMA no Brasil e no mundo uma das torcidas mais barulhentas já vistas na modalidade. Isso serviu bem para lutadores como Paulo Thiago, Anderson Silva e Rodrigo Minotauro. Este último, inclusive, afirmou que precisou segurar as lágrimas ao andar em direção ao octógono.

Apesar disso, Aldo prevê um comportamento diferente, para manter o foco no combate e evitar qualquer distração que coloque em risco a manutenção do seu cinturão. Ele admite a ansiedade, mas quer deixar para sentir a energia dos brasileiros com o resultado garantido.

“Antes da luta não acho que vou me emocionar, vou estar superconcentrado, como sempre”, explicou ele, que luta em casa, já que mora no Rio de Janeiro. “Mas com certeza depois da luta deve ser uma emoção que nem imagino. No primeiro UFC Rio eu fiquei junto com a galera, na torcida pelos brasileiros e ficou aquele gostinho de quero mais. Graças a Deus voltou e comigo na luta principal. Estou louco para que chegue logo o dia da luta”, adicionou, deixando transparecer a ansiedade para sábado.

Até o dia da luta, José Aldo afirmou que tem de perder 10 kg para se adequar à categoria pena, de até 66 kg. “O Dedé (Pederneiras, treinador) é quem tem a mágica para fazer isso possível. Só como proteína, corto líquidos também, mas sempre me alimentando. É duro, mas temos que fazer isso”, diz ele, que lembra que o esforço é pouco para o que viveu na infância simples. “A época que eu morei na academia foi o momento mais difícil da minha vida. Não tinha conforto, só tinha almoço e janta. Mas isso serve de motivação.”

José Aldo fará sua terceira defesa de cinturão desde que o WEC foi unificado com o UFC. Desde então, ele venceu Mark Hominick e Kenny Florian, ambos por pontos. Agora, o manauara tem a intenção de encerrar a luta por nocaute ou finalização, na tentativa de retomar seu estilo mais agressivo e deixar sua marca diante da torcida da casa, com o detalhe de fazer seu primeiro confronto desde que assinou com o Flamengo. "Se eu puder vencer com um nocaute e sendo logo no inicio da luta, será ótimo", concluiu.

*Com colaboração de Bernardo Gentile, no Rio de Janeiro

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