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A arena de Recife é a que vai requerer o maior investimento em cabos de fibra ótica

A arena de Recife é a que vai requerer o maior investimento em cabos de fibra ótica

03/08/2011 - 15h35

Por contrato com a Fifa, governo federal vai gastar até R$ 200 milhões para ajudar Oi

Vinícius Segalla
Em São Paulo

O governo federal planeja gastar até R$ 200 milhões para levar estrutura de internet de banda larga para os 12 estádios que serão utilizados na Copa do Mundo de 2014. A empresa "Oi" de telecomunicações é quem tem contrato de exclusividade com a Fifa para prover banda larga nas arenas, mas afirma que compete ao governo federal prover a estrutura física que leve os cabos de fibra ótica até os estádios.  O trabalho deverá ficar a cargo da estatal Telebrás.

Nas próximas semanas, o  Ministério das Comunicações e a "Oi" definirão uma matriz de responsabilidades para separar o que deve ser feito por cada um. Mas, segundo o diretor de banda larga do ministério, Artur Coimbra de Oliveira, a pasta já reservou R$ 200 milhões para a atividade. "O governo federal assinou compromissos com a Fifa, em 2007, dentro do processo de escolha do país que iria sediar a Copa de 2014", avisa o executivo.

De fato, o país se comprometeu com 11 garantias que vão desde isenções tributárias até "estimular a expansão do uso de redes e serviços de telecomunicações pelos serviços de interesse público e providenciar a entrega de um moderno sistema de telecomunicações e tecnologia para a Copa". Para o Ministério das Comunicações, é esta cláusula, a 11ª Garantia, que obriga o governo federal a providenciar toda a estrutura de banda larga para os estádios, ainda que tenha que fazer uso de dinheiro público.

"Vamos definir junto à Fifa e à sua prestadora de telecomunicações, a Oi, o que deve ser feito por cada um. Mas fato é que estamos obrigados a fornecer a estrutura de fibra ótica. Caso eles não queiram fazer, podemos oferecer incentivos fiscais para outras empresas tomarem o negócio ou deixar o serviço a cargo da Telebrás", afirma Oliveira.

O acordo do governo com a Fifa prevê a conclusão da infraestrutura de telecomunicação para a Copa do Mundo até dezembro de 2012 em nove arenas, que são as que serão utilizadas na Copa das Confederações. Nas outras três, que serão utilizadas apenas na Copa, em 2014, o prazo de entrega da estrutura é dezembro de 2013. A arena de Recife (PE), em virtude da distância em relação ao centro da cidade, é a que demandará o maior investimento em cabos de fibra ótica.

A definição das responsabilidades de cada parte se dará depois de reuniões e negociações entre a Oi, a Fifa, os ministérios dos Esportes e das Comunicações, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e o COL (Comitê Organizador Local), comandado pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

Oliveira não se preocupa com prazos e afirma que tudo ficará pronto até com uma certa folga. O projeto da Copa no Brasil tem três etapas. A primeiro, montado em 2009 e 2010, é focado em obras de infraestrtura básica, como estádios e aeroportos. O segundo é o que envolve a questão da transmissão das partidas e toda a área de telecomunicação do evento. Seu prazo de conclusão (do projeto) é o final deste ano. O terceiro corresponde à operacionalização da Copa, e só terá terminado em 2013. O governo afirma ainda não ter definido quanto vai gastar nas últimas duas etapas. Na primeira, o Ministério dos Esportes fala em R$ 23 bilhões.

Procurada pelo UOL Esporte, a Oi não se pronunciou até a publicação desta reportagem.

Obras para a Copa de 2014
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