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13/08/2011 - 07h00

Até 2026, Corinthians será sócio minoritário do Itaquerão

Roberto Pereira de Souza
Em São Paulo
  • Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, até dezembro de 2011

    Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, até dezembro de 2011

O Corinthians só será único dono do Itaquerão depois de quitar o empréstimo junto ao BNDES, que será contratado por um período de 15 anos, incluída carência de 36 meses.  Até a quitação da última parcela, em 2026,  o estádio será propriedade de três sócios, pela ordem:  o banco intermediário (que garantirá o contrato de empréstimo) , a Odebrecht (que construirá a arena e oferecerá garantias) e o clube, que deverá pagar cerca de R$340 milhões de juros, para tirar R$ 400 milhões do banco estatal.

Sob condição de anonimato um executivo financeiro conversou com UOL Esporte nesta sexta-feira (12/08):

“O financiamento deverá ser mesmo de 12 anos. O Corinthians não poderá atrasar nenhuma parcela. O clube só vai assumir definitivamente o estádio após a última parcela quitada. Até lá, o banco repassador e a construtora serão sócios da arena. Esperamos que a receita do clube cresça para R$ 250 milhões/ano (aumento  de 40%)  e que o financiamento seja pago sem problema”, disse o executivo.

Até o final de agosto, três contratos serão assinados entre construtora e Corinthians. Um deles criará a sociedade para fins específicos (SPE), outro criará o fundo imobiliário e outro será assinado para a construção e conclusão da obra. O contrato com o BNDES ainda vai demorar alguns meses: a data-limite para assinatura é 31 de dezembro de 2011.

“A demora é normal no cenário corporativo de grandes empréstimos”, explicou um agente financeiro também sob a condição de anonimato. “A Odebrecht será responsável pelo empréstimo e tenta negociar as melhores condições para essa retirada de R$ 400 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico”.

Por enquanto, existe apenas um contrato administrativo assinado entre a construtora e o clube  para cumprir metas de terraplenagem. “acho que isso atrapalhou um pouco, porque é da natureza humana não correr muito quando se tem uma área de conforto: como a obra está seguindo no ritmo esperado, cira-se um ambiente de certa acomodação, mas o dinheiro do BNDES virá em alguns  meses”.

O plano montado pela construtora prevê a formação de uma “sociedade para fins específicos” (SPE), juridicamente capaz de pedir  empréstimo junto ao BNDES, por um banco repassador. Um fundo imobiliário será responsável pela gestão do dinheiro da obra (R$ 820 milhões de custeio do estádio para 45 mil lugares), a contratação e pagamento da construtora. Fazem parte desse fundo de cotas o banco intermediário (repassador do dinheiro do BNDES), a construtora Odebrecht e o sócio minoritário Corinthians.

O otimismo da equipe que finaliza os contratos chega ao custo do patrocínio das camisas:

“O preço do patrocínio nas camisas, hoje, é de R$45 milhões/ano. Mas toda a marca crescerá no mercado, a partir do esqueleto da nova arena”, previu um técnico nesse tipo de contrato. “Por exemplo, a renda vinda do batismo da arena por uma empresa privada deve ser maior quando o estádio estiver com o esqueleto visível. Seria como alguém comprando um apartamento na planta ou já na fase final de construção: quanto mais se aproxima do acabamento, maior a valorização do empreendimento”, concluiu.

Por essa razão,  a diretoria do Corinthians só pretende vender o nome da arena depois que o projeto estiver erguido.

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