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19/01/2012 - 06h00

ONG Viva Pacaembu sinaliza ação para impedir UFC no estádio durante a madrugada

Gustavo Franceschini*
Do UOL, em São Paulo
  • ONG aprova que o Pacaembu receba o UFC, mas quer que leis de uso do estádio sejam cumpridas

    ONG aprova que o Pacaembu receba o UFC, mas quer que leis de uso do estádio sejam cumpridas

O UFC ainda não definiu qual será sua “casa” em São Paulo, mas está perto de optar pelo Pacaembu. A definição da parceria, no entanto, pode esbarrar na ONG Viva Pacaembu, que aprova o evento, mas exige que as leis que controlam o uso do estádio sejam respeitadas.

“O evento pode e deve acontecer, porque o Pacaembu existe para o esporte. Como ele tem de acontecer é outra história. Ele tem de respeitar as leis. Nós temos decisão de tribunal ao nosso favor e o prefeito acha que pode passar por isso”, disse Iênidis Benfati, presidente da ONG.

A reclamação prévia é pelo possível horário do evento, do barulho gerado por ele e da quantidade de pessoas que podem entrar no Pacaembu. Se entender que algumas dessas normas não serão cumpridas, a Viva Pacaembu promete acionar a Justiça para impedir a realização do evento. 

UFC NÃO PAGARÁ TAXAS PARA USAR O PACAEMBU

Para garantir o UFC no Pacaembu, a Prefeitura de São Paulo fez concessões à franquia de MMA. Entre outras coisas, os norte-americanos não precisarão pagar o aluguel tradicional do estádio, apurou a Máquina do Esporte.

O modelo adotado na edição carioca que aconteceu no último fim de semana é exatamente o que desagradaria a ONG. O UFC Rio teve lutas acontecendo até mais de 3h. Os intervalos de cada combate eram preenchidos com músicas e vídeos sendo exibidos no telão.

Na hora decisiva, ainda havia a famosa apresentação de Bruce Beffer, um dos destaques da franquia de MMA. No Pacaembu, a céu aberto, o espetáculo pode ultrapassar o limite de 45 decibéis estabelecido para o bairro à noite.

Segundo Benfati, mesmo que respeite todas as normas de sons de horários já estabelecidos, a Secretaria de Esportes de São Paulo, que administra o Pacaembu, precisaria de um alvará específico. “Eles têm de pedir uma autorização do Contru [Secretaria Especial de Controle Urbano], porque o estádio só está autorizado a receber futebol. Eles exigem 38 documentos, entre autorizações de polícia, bombeiros e outros”, diz a presidente da Viva Pacaembu.

O secretário de Esportes Bebeto Haddad disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que não poderia atender a reportagem, e limitou-se a informar que a negociação está em curso. Já o Contru diz que não há um pedido formal por parte da pasta de Haddad, mas que já aconteceram conversas neste sentido.

O histórico de confusões entre a Secretaria de Esportes e a Viva Pacaembu é tão grande que o órgão tenta evitar que a ONG seja alertada sobre o evento antes que todos os alvarás sejam concedidos. Atualmente, as partes estão envolvidas em pelo menos uma grande briga judicial por conta do uso do estádio.

No segundo semestre do ano passado, a igreja Assembleia de Deus realizou sua festa de centenário no estádio do Pacaembu, com direito a música e arquibancadas lotadas. Por entender que o acordo fechado pela Secretaria de Esportes e pela Prefeitura ignorava as leis específicas, a Viva Pacaembu está processando as partes envolvidas.

No caso do UFC, o evento em questão seria a final do reality show Ultimate Fighter. Além da disputa entre os participantes do programa, a noite serviria de palco para lutas entre Wanderlei Silva e Victor Belfort e uma possível defesa de cinturão de Anderson Silva.

*Colaborou Mauricio Dehò

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