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19/08/2011 - 09h12

Negociações falham e operários do Maracanã continuam em greve

Maria Clara Serra
No Rio de Janeiro
  • Operários do Maracanã decidem continuar greve

    Operários do Maracanã decidem continuar greve

As melhorias prometidas pelo Consórcio Maracanã 2014 não foram suficientes para acalmar os operários que trabalham no estádio. Após assembleia realizada no portão 13 do Maracanã, na manhã desta sexta, os funcionários decidiram manter a greve por tempo indeterminado. 

"Eles apresentaram uma proposta de 10% no aumento da cesta básica, e os trabalhadores acharam irrisório. Além disso, pedem também a extensão do plano de saúde para os familiares e a equiparação dos pisos salarias de algumas categorias com o que é praticado no mercado", afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Sitraicp), Nilson Duarte Costa, ao UOL Esporte.

 

Na manhã desta sexta, aproximadamente 300 operários foram ao Maracanã. Alguns tinham a intenção de voltar a trabalhar, mas foram impedidos por um caminhão do sindicato. As manifestações no local exigiram reforço na segurança do estádio e chegou a atrapalhar o trânsito na Avenida Maracanã. 

Na próxima segunda, dia 22, os operários se reúnem para mais uma assembleia, às 7h, no portão 13 do estádio. Na terça-feira, um perito fará vistoria no local para averiguar as condições de trabalho na obra. Até lá, a paralisação continua, mas o presidente do Sitraicp garantiu que estará à disposição do consórcio caso eles queriam prosseguir com as negociações durante o final de semana.

Os trabalhadores estão em greve desde a manhã de quarta, quando a explosão de um tonel com produtos inflamáveis feriu o ajudante de produção Carlos Felipe da Silva Pereira. O operário foi atirado a dois metros de distância e sofreu queimaduras e um traumatismo no joelho. Ele foi encaminhado ao hospital Souza Aguiar e passa bem.   

Em nota enviada à imprensa nesta sexta-feira, o consórcio que toca a obra afirma que as normas que regem o trabalho no Maracanã foram decididas em acordo coletivo de trabalho válido até janeiro de 2012. Ainda assim, diz a nota, "o consórcio atendeu reivindicações apresentadas pelo Sindicato, de forma a não prejudicar o andamento dos trabalhos executados na reforma do Maracanã. Sobre os pontos em que não houve consenso, houve disposição do consórcio em colocá-los como pauta para negociação na próxima convenção coletiva". As empreiteiras afirmam ainda que deixarão que a Justiça do Trabalho decida sobre a legalidade da greve. Por isso, as construtoras pediram ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) a instauração de dissídio coletivo. A audiência de conciliação já foi marcada pelo TRT para a próxima segunda-feira, dia 22, às 11h, pouco depois da assembleia dos trabalhadores.

Obras para a Copa de 2014
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