Dan Henderson comemora vitória sobre Fedor no Strikeforce, no último sábado

Saída de astros e incerteza com Fedor e Henderson põe em xeque o Strikeforce

O Strikeforce cresceu como uma segunda força entre os eventos de MMA, perdendo em prestígio apenas para o “todo poderoso” UFC nos últimos anos. Contando com estrelas de prestígio, a organização se manteve respeitada na segunda linha da modalidade, mas agora vê seu futuro sob risco, caso veja um aumento no êxodo de suas principais estrelas.

Este ano, a organização foi comprada pelo UFC, e este pode ser um dos destinos de seus astros. Outros, pelo contrário, entraram em atrito com os donos - os irmãos Fertitta e o presidente Dana White - e não viram com bons olhos a nova direção.

Um exemplo claro de toda incerteza foi o final do combate entre Fedor Emelianenko e Dan Henderson, no sábado. Foi a última luta do contrato de cada um, e eles não souberam dizer seus próximos passos.

Veja abaixo a situação das estrelas do Strikeforce, entre os que já saíram e os que ainda não sabem para onde vão.

DAN HENDERSON: HORA DE VOLTAR AO UFC PARA O QUARENTÃO?

Ícone do MMA com vitórias marcantes dos meio-médios aos pesados, Dan Henderson viu seu contrato com o Strikeforce acabar quando nocauteou Fedor. Na saída do ringue, Henderson afirmou que gostaria de defender seu cinturão dos meio-pesados do Strikeforce, mas seu futuro pode ser voltar ao UFC. A vitória pode significar mais dinheiro se ficar com o Strikeforce, mas, aos 40 anos, o norte-americano pode tender a escolher o UFC, por nunca ter conseguido ser campeão no evento mais importante da atualidade.

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FEDOR EMELINANENKO: FUTURO 'ESTÁ NAS MÃOS DE DEUS'

Com o contrato acabado após a última luta, o maior mistério no momento para o Strikeforce é o que acontecerá com Fedor, que por anos foi considerado o melhor lutador do mundo. Após derrotas para Werdum e Pezão, o ex-campeão do Pride chegou a dizer adeus, mas voltou atrás. O revés diante de Henderson, no entanto, pode ter sido demais para ele. Por outro lado, a empresa que cuida de sua carreira é conhecida pela ganância, então ainda não é descartado que o russo pode negociar com outros eventos, até o UFC, com quem nunca se acertou.

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O ASTRO QUE JÁ DEU 'TCHAU': ALISTAIR OVEREEM

Nesta semana, após uma confusão nos bastidores, o Strikeforce perdeu seu atual campeão dos pesados. Alistair Overeem, que disputava o GP dos pesados do evento, alegou lesão para não lutar a semifinal em setembro. Querendo mais tempo, foi tirado do GP e pouco depois liberado da organização. O futuro do holandês está em aberto. Ele chegou a aparecer no anúncio de uma programação de MMA na Rússia, em outubro, e falou em lutar no UFC ou ir para o boxe. Quanto ao UFC, as coisas podem ficar mais difíceis após a saída nada amistosa do Strikeforce.

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NICK DIAZ: Campeão vai para o UFC, abandona cinturão e frustra unificação

Campeão do Strikeforce na categoria meio-médio, Nick Diaz foi escolhido como próximo rival do canadense Georges St-Pierre, no UFC 137, o que seria a primeira unificação com o UFC desde a compra da organização. Apesar disso, a esperança da torcida de ver isso acontecer acabou frustrada. Em vez da unificação, foi decidido pelos dirigentes do UFC - mesmos donos do Strikeforce - que ele deixaria vago o seu título, passando a integrar exclusivamente o plantel do UFC e, portanto, tirando mais um grande nome do evento.

ESPERANÇAS: MMA feminino e o GP dos pesados

Apesar dos problemas descritos acima, o Strikeforce ainda tem os seus 'prós'. O evento segue como o maior evento para o MMA feminino - recentemente assinou a renovação com Cris Cyborg (foto), brasileira que é a melhor da atualidade - e tem nomes de respeito em diversas de suas categorias. Mesmo que entre os pesados possa não ter mais Fedor, seu Grand Prix está na semifinal e logo se deve coroar um novo campeão, após a saída de Alistair Overeem - o brasileiro Antonio Silva, o Pezão, está na disputa.

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