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UFC 140

Tudo sobre a disputa entre o campeão Jon Jones e Lyoto Machida

AP
Jon Jones ajoelha no octógono após vencer Rampage em sua 1ª defesa de cinturão

Jon Jones ajoelha no octógono após vencer Rampage em sua 1ª defesa de cinturão

09/12/2011 - 06h00

Jon Jones diz que fama não mudou sua vida e que seria 'uma honra' lutar no Brasil

Maurício Dehò
Em São Paulo

Jon Jones teve um ano e tanto. Em janeiro, era apenas uma revelação do MMA. Em março, virou o campeão mais jovem da história do UFC - desde a criação das atuais categorias. Defendeu seu cinturão uma vez, em setembro. Foi premiado com o Oscar do MMA em novembro. E, mesmo assim, pode perder seu título em dezembro: neste sábado, no UFC 140, será desafiado pelo brasileiro Lyoto Machida.

Mesmo com toda esta virada em sua vida, aparentemente o lutador não deixou o sucesso subir à cabeça. Fama esta representada pelo do reconhecimento dos fãs na rua, a compra de seu primeiro carrão e a responsabilidade de se manter no topo de uma das categorias mais duras do Ultimate.

“Minha vida não mudou muito”, afirmou Jones, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, referindo-se à conquista do cinturão no UFC 128, contra Maurício Shogun. “Ainda tenho meus amigos e a família ao meu lado, como foi em toda a minha vida. As pessoas me reconhecem mais quando vou aos lugares, mas é assim mesmo. Quero aproveitar o momento e crescer a partir disso. Eu adoro ser o campeão.”

Campeão, por sinal, parece ser a palavra-chave para o futuro do norte-americano de 24 anos. “Minha meta é ser o campeão do UFC pelo resto da minha vida. Mas só posso focar em uma luta de cada vez. E isso é tão difícil quanto os adversários que terei pela frente”, analisou.

O desafio da vez, por sinal, era algo esperado. Jones afirmou que tinha certeza de quem um dia enfrentaria Lyoto Machida. O brasileiro já deteve o cinturão dos meio-pesados, mas o perdeu para Shogun - o mesmo lutador que perdeu o título para Jones. Apesar de ter estudado muito o rival deste sábado, no entanto, Jones não se abre em questões técnicas e táticas.

'SERIA UMA HONRA LUTAR NO BRASIL'

  • Jon Jones tem laços criados com os brasileiros, afinal, estreou no UFC vencendo Andre Gusmão, conquistou seu cinturão sobre Maurício Shogun e agora encara Lyoto Machida. Mas e se fosse para encarar um rival verde-amarelo em território brasileiro? Jones diz que aceitaria. "Vi o UFC Rio e parece uma atmosfera fantástica para se lutar. Se um dia o UFC decidir que eu lute no Brasil no futuro, seria uma grande honra", afirmou Jones, ao UOL. Apesar de nunca ter experimentado o barulho dos brasileiros, o campeão dos meio-pesados diz que isso não é uma preocupação para ele. "Eu não foco muito na multidão. Só presto atenção no que rola no octógono e com quem estou lutando. Mas acho muito legal a atmosfera que fãs tão exuberantes podem criar."

“Contra Rampage [sua última vitória], eu quis ser mais lento, devido ao perigo que ele representa em pé. Mas cada preparação é diferente. Você treina para um estilo de adversário, mas, como sempre digo, o mais importante para mim é praticar e melhorar minhas próprias virtudes e fraquezas. Eu foco na minha própria luta”, explicou ele, sempre muito respeitoso ao falar de Lyoto.

Aos 24 anos, Jones foi eleito o melhor lutador do ano no “Oscar do MMA”, o MMA Awards da revista “Fighters Only”, batendo Anderson Silva. Fala-se, inclusive, que uma superluta entre eles seria um dos duelos mais aclamados na atualidade. Sobre isso, ele se esquiva: “Tenho muito respeito por Anderson, mas só estou focado em enfrentar Machida.”

Ter de responder a questões como essa representa a rapidez com que a carreira de Jones ascendeu. Ele estreou no MMA em abril de 2008 e no UFC, quatro meses depois, já com seis vitórias no cartel. No Ultimate, teve uma infeliz derrota - devido a uma cotovelada ilegal em Matt Hamill -, mas não se abateu e contou com a sorte de ser colocado frente a frente com o campeão Shogun após uma lesão tirar Rashad Evans do card.

Só em 2011 são quatro lutas, levando em conta a deste sábado. Muitos poderiam ter se envaidecido com tantas conquistas e se perdido com as responsabilidades, mas Jones fala como um lutador experiente, mesmo tendo apenas há poucos anos trocado uma vida em “empregos esquisitos por tentar a sorte” no MMA.

“É preciso muita dedicação para chegar a isso. Mas eu amo os desafios. Não sei se eu esperava uma chance de ser campeão tão rapidamente, mas eu tinha certeza que venceria quando conseguisse a oportunidade. Foi um ano cheio, quatro lutas são muita coisa, ainda mais com três delas pelo cinturão e contra três lutadores que já tiveram o título”, adiciona o lutador.

Como se sabe, chegar ao topo às vezes não é tão árduo quanto se manter nele. Sábado é dia de Jones tentar provar pela segunda vez que tem o necessário para seguir no topo do UFC. E, se depender da confiança transmitida nas palavras do campeão, Lyoto Machida terá trabalho...

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