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UFC 142

Na segunda edição do UFC Rio, Aldo e Belfort são as estrelas

Divulgação
José Aldo bateu o peso; Belfort venceu a balança, mas rival falhou e luta está em risco

José Aldo bateu o peso; Belfort venceu a balança, mas rival falhou e luta está em risco

14/01/2012 - 06h00

Rio abre ano mais brasileiro do UFC com Aldo e Belfort defendendo 'liderança' do país

Jorge Corrêa e Maurício Dehò
Do UOL, no Rio de Janeiro

O dia 27 de agosto de 2011 foi histórico para o Brasil, com o retorno do UFC ao país após 13 anos e uma festa marcada por vitórias arrasadoras dos lutadores do país, sob a liderança de Anderson Silva. Neste sábado, apenas cinco meses depois, a mesma HSBC Arena abre a temporada que promete ser a mais verde-amarela do evento ao receber a segunda edição do UFC Rio.

Desta vez, o protagonismo cabe ao campeão dos penas José Aldo e ao veterano Vitor Belfort. Eles têm a responsabilidade de tentar repetir a noitada vencedora e manter o Brasil com superioridade frente aos “gringos”, depois de um ano em que os lutadores brasileiros se deram melhor em 57% das lutas contra estrangeiros.

Rival de Belfort perde da balança e arrisca luta

  • Apesar de mandar beijos à torcida, o rival de Belfort, Anthony Johnson, não teve o que comemorar na torcida. Ele ficou cinco quilos acima do limite dos médios (até 84 kg). Com isso, foi multado e terá de se pesar ao meio-dia deste sábado. Ele poderá estar com, no máximo, 93 kg, ou a luta será cancelada.

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Assim como no ano passado, que teve um card repleto de estrelas – além de Anderson, Minotauro e Maurício Shogun -, o UFC Rio traz estrangeiros que, ao menos na teoria, terão muito trabalho para calar a torcida na capital fluminense. Aldo colocará pela terceira vez o cinturão em jogo, diante do invicto Chad Mendes, enquanto Belfort tenta sua segunda vitória seguida contra Anthony Johnson, estreante na categoria médio. O card preliminar começa às 22h (com canal Combate) e o principal à 1h da madrugada (a Globo passa a partir das 2h).

O favoritismo brasileiro é uma ótima forma de começar a temporada, ainda mais depois do saldo positivo de 2011 no duelo “Brasil x Resto do Mundo”, causado justamente pelos triunfos em casa. Nos eventos do UFC no último ano, 56 combates tiveram lutadores nacionais diante de estrangeiros. Neles, 32 vitórias foram para o Brasil e 24 para os gringos - aproveitamento de 57%.

Curiosamente, os números foram parelhos até a edição de agosto do UFC Rio, com pequena vantagem para os estrangeiros. Mas o Brasil virou o placar, com sete vitórias em oito duelos entre nações na capital fluminense, e disparou a partir daí. No número de cinturões, os brasileiros também correram atrás, já que o Brasil fechou o ano com três campeões: Anderson, Aldo e Cigano, assim como os EUA.

Em um país que polariza as atenções ao futebol, ainda mais com José Aldo passando a representar o Flamengo desde o fim do ano, o próprio campeão admite que, dentro do octógono, a hora é de manter esta vantagem brasileira, de preferência com apoio irrestrito da torcida.

“Será Brasil x EUA, e não Flamengo x Vasco. Não importa se meu rival (Mendes) vestiu a camisa do Vasco, sei que terei o apoio do país inteiro para manter o cinturão e trazer mais esta vitória”, afirmou Aldo, que vem de vitória contra Kenny Florian, por pontos, e espera um nocaute ao seu velho estilo, agressivo e ousado, como nos tempos de WEC.

Não é só esta edição carioca que volta as atenções ao Brasil em 2012. A temporada promete aumentar e muito a influência brasileira na organização. Se antes era só por meio dos resultados, agora o Brasil faz parte definitivamente da rota do evento. E vai ser pioneiro ao sediar pela primeira vez fora dos EUA o reality show “The Ultimate Fighter”.

O programa, que será transmitido pela Globo a partir de março, terá justamente Vitor Belfort como uma das estrelas. Ele será técnico ao lado de Wanderlei Silva na procura dos talentos que ganharão contrato com o UFC. Ao final da temporada, eles duelarão, em uma revanche da vitória de Vitor em 1998. O combate acontecerá em São Paulo, e compete para ter o recorde de público na história da organização.

Mesmo com tanto em jogo, Belfort preferiu manter o discurso focado apenas no combate deste sábado, deixando para falar depois de seus próximos compromissos. “Não há glória sem sacrifícios, vou buscar a vitória o tempo inteiro, e vai ser uma noite marcante na minha vida”, disse o carioca.

Mais Brasil no octógono

Não são só as estrelas que estarão no octógono com a bandeira do Brasil. No restante do card principal e também no preliminar, um misto de novatos e veteranos vão se revezar, em busca da ascensão no UFC. Rousimar Palhares, o Toquinho, tenta se colocar entre os tops da categoria médio, diante de Mike Massenzio (EUA), depois de uma vitória dramática em agosto passado, quando comemorou a vitória antes de ela ser confirmada, e levou apenas por pontos, após uma batalha.

Entre os mais jovens, Erick Silva foi promovido ao card principal após nocaute fulminante no primeiro UFC Rio, em 40 segundos. Ele encara o compatriota Carlo Prater. Edson Barboza, invicto no MMA, já disse que uma vitória contra Terry Etim permitirá lançar desafios aos melhores pesos leves do momento, na busca pelo cinturão. Já Gabriel Gonzaga, o Napão, retorna ao Ultimate. Ex-desafiante ao título dos pesados, ele tenta um novo voo no evento, diante de Ednaldo Lula, companheiro de treinos de Júnior Cigano.

Devido à decisão do UFC de privilegiar o público norte-americano e a venda de pay-per-views neste mercado, a programação do UFC invadirá a madrugada. Com o início do card principal à 1h, espera-se que José Aldo só lute às 3h, o que inclusive fez com que o campeão treinasse mais tarde que o usual, para habituar-se ao fuso e evitar surpresas na festa que se espera ser marcado pelo verde-amarelo.

Confira a programação completa do UFC 142, no Rio:
Card principal:

José Aldo (BRA) x Chad Mendes (EUA)
Vitor Belfort (BRA) x Anthony Johnson (EUA)
Rousimar “Toquinho” Palhares (BRA) x Mike Massenzio (EUA)
Erick Silva (BRA) x Carlo Prater (BRA)
Edson Barboza (BRA) x Terry Etim (ING)

Card preliminar:
Thiago Tavares (BRA) x Sam Stout (CAN)
Gabriel Napão (BRA) x Ednaldo Lula (BRA)
Yuri Marajó x Michihiro Omigawa (JAP)
Ricardo Funch (BRA) x Mike Pyle (EUA)
Felipe Sertanejo (BRA) x Antonio Carvalho (CAN)


 

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