Jogadores apontam buraco na marca de pênalti e Mano diz: "hoje não era o dia"

Carlos Padeiro*

Em La Plata (Argentina)

  • Antonio Scorza/AFP

    Técnico Mano Menezes sofreu a sua primeira eliminação com a seleção brasileira

    Técnico Mano Menezes sofreu a sua primeira eliminação com a seleção brasileira

O desempenho pífio de quatro erros em quatro cobranças na decisão por pênaltis recebeu como justificativa dos jogadores brasileiros um buraco no gramado, após a eliminação diante do Paraguai, nas quartas de final da Copa América, neste domingo.

"Podem nos colocar dez vezes para bater pênalti, vamos errar, mas não chutar para cima assim. Tinha um buraco no campo, colocaram areia e o pé afundava na marca de pênalti", observou André Santos, que chutou a penalidade por cima da meta.

Mano Menezes adotou o mesmo discurso. O treinador ainda deu exemplos para defender a tese de que "hoje não era o dia" da seleção pentacampeã mundial.

"Não é preciso fazer uma análise das oportunidades perdidas, a não ser ressaltar que tivemos uma dificuldade muito grande na marca do penal. Dois atletas nossos tiveram dificuldades com o pé de apoio", reclamou o técnico gaúcho.

"Falei isso na estreia contra a Venezuela que as condições [do campo] não eram favoráveis. Não sei se na outra área estava melhor. Mas quando se erra quatro penalidades, é bom olhar dentro dos erros e deixar que corrijam os seus", concluiu.

Além de André Santos, Elano também isolou a bola por cima do gol. Já Fred chutou para fora, pelo lado da trave, enquanto Thiago Silva mandou em cima do goleiro Villar.

"Vejo o Elano cobrar pênalti desde 2002 e nunca vi ele fazer isso. Se fez é porque o campo estava ruim demais", comentou Robinho, sobre o ex-companheiro de Santos.

"O pessoal que bateu estava falando que ali estava ruim para chutar a bola. Enfim, perdemos, fica a lição, a gente tem de melhorar. O time está numa crescente, acho que agora é levantar a cabeça e pensar nas próximas competições", acrescentou o atacante de 27 anos.

Mano lamentou as inúmeras chances perdidas na partida, mas sem querer encontrar culpados. "Fizemos jogada ensaiada, o Lúcio entrou sozinho e chutou a bola exatamente onde estava o goleiro", afirmou o treinador, que destacou a evolução da seleção nesta Copa América.

"Penso que é bom ter tranquilidade na hora da análise, pois na hora da derrota a tendência é sempre achar que tudo está ruim. Penso que não esteja tudo ruim, pois evoluímos quando pudemos trabalhar um período pela primeira vez".

*Atualizado às 21h10

UOL Cursos Online

Todos os cursos