Napoli volta a brilhar na Kaiser com Sarrafo, Rato, Buia, Xixa e mais apelidos inusitados

Bruno Doro

Do UOL, em São Paulo

  • Milton Flores/Copa Kaiser

    Rato, Buia e Sarrafo: Napoli, chamado de raposa, e seus apelidos inusitados

    Rato, Buia e Sarrafo: Napoli, chamado de raposa, e seus apelidos inusitados

Está no imaginário popular. Se é jogador de futebol de várzea, tem de ter um apelido engraçado. Na Copa Kaiser, o principal campeonato amador de São Paulo, um time chamou atenção no último domingo justamente por isso. Campeão do torneio há dez anos, o Napoli conseguiu a classificação para a terceira fase com um time recheado de nomes inusitados.

Rato, o meia-esquerda, jogou com a camisa dez, organizou o time, deu passe para um gol e foi eleito o melhor da partida. Sarrafo, o outro meia, deu combate, apoiou o ataque e marcou de cabeça um dos gols do time. Buia, mais um nome alternativo, foi o autor de outro gol. Ao fim do jogo, o Napoli venceu por 3 a 1 o Coroa, que chegou às quartas de final no ano passado.

Sarrafo, o meia: "Com 1,93m, eu era o Magrão, mas a torcida começou a chamar de Sarrafo" Cecéu, o volante, é um dos mais experientes do time e foi campeão da Copa Kaiser em 2002

"Olha, não sei onde eles encontram tanto apelido. É Sarrafo, é Rato, é Buia, é Xixa, é Cecéu. Tem até um Lulinha que deve ser por causa do presidente, porque o nome dele não tem nada a ver", diverte-se o técnico e presidente do Napoli, Pelé (que ganhou o apelido pela qualidade técnica em campo, não por parecer com o Rei do Futebol).

Para os jogadores, o uso dos apelidos é uma tradição que pode ajudar o time. "Os apelidos só nascem quando você confia no companheiro. E todo mundo aproveita para brincar. Com o nosso time é assim. A maioria da equipe joga junta em um time em Santo André. A gente se conhece há uns cinco anos, então apelido é o que mais tem", explica Sarrafo.

Buia, atacante habilidoso, vai bem pelo lado esquerdo. No domingo, marcou uma vez Rato, também meia, era "magro que nem um ratinho", mas vai bem na armação da equipe

As explicações para os apelidos não são muito complexas. "Quando eu jogava na várzea lá em Campo Mourão, no Paraná, sempre diziam que eu parecia um ratinho jogando bola de tão magro", conta o jogador, que se chama Reinaldo Isidoro e passou por Prudentina, Portuguesa e Paraná Clube.

"Quando eu comecei a jogar na várzea, eu era o Magrão. Mas aí os torcedores começaram a chamar de Sarrafo, por causa da altura. Tenho 1,93m. E como meu nome é um pouco difícil, pegou fácil", completa Wannuyck Pereira Júnior.

Copa Kaiser de futebol amador
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