Oleg Blokhin demonstrou sua frustração pelo gol de Devic que não foi assinalado pela arbitragem – embora tenha havido impedimento do ataque ucraniano no lance. "O que posso dizer? Há cinco árbitros e a bola passou a linha uns 75 centímetros. Devic fez um gol, mas não sei o motivo pelo qual não foi marcado. Por que precisamos de cinco árbitros se Carroll joga com os cotovelos e Terry faz faltas por trás? Não quero falar sobre árbitros. Vocês viram, então escrevam o que quiserem", disse o treinador aos repórteres. Um deles aplaudiu Blokhin quando ele saía da sala de entrevistas e o técnico interpretou o gesto como uma ironia. O clima esquentou. "Quer ir lá fora para uma conversa de homem?", desafiou, irritado.

Na Euro-12, cada partida conta com um quinteto de arbitragem – além do árbitro principal e dos dois bandeirinhas, há ainda dois auxiliares que ficam atrás de cada linha de fundo. A iniciativa serviria para ajudar a solucionar lances polêmicos dentro da área, mas parece que a ideia não se mostrou tão eficaz assim. Se a Fifa já havia demonstrado preocupação com os erros cometidos pelos árbitros na última Copa do Mundo, a entidade deve ficar ainda mais pressionada para permitir o uso de recursos tecnológicos no futebol durante reunião no começo de julho.

A expulsão na partida contra Montenegro nas eliminatórias da Eurocopa-2012 tirou Wayne Rooney dos dois primeiros jogos do torneio continental. Suspenso, o atacante viu o English Team sofrer com os vários desfalques. Seu retorno não poderia ser em melhor estilo. Ele fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre a Ucrânia, que selou a classificação para as quartas de final. Na comemoração, ele fez um gesto como se passasse spray no cabelo, em referência ao implante que fez.

A derrota para a Inglaterra fez a Ucrânia repetir o destino da Polônia. Os dois países-sede da Euro-12 foram eliminados ainda na primeira fase. Os ucranianos, que disputaram o torneio pela primeira vez na história, ao menos sentiram o gostinho da vitória: na estreia, ganharam por 2 a 1 da Suécia, de virada, com gols de Shevchenko ? que começou a partida contra os ingleses no banco de reservas e entrou em campo durante o segundo tempo.

A França não perdia desde setembro de 2010, quando foi surpreendida pela Bielorrússia por 1 a 0 em casa. A longa invencibilidade dos Bleus caiu diante da Suécia, que já estava eliminada e jogava apenas por uma despedida digna. Os suecos fizeram 2 a 0, com um golaço de voleio de Ibrahimovic, e deram um "presente" nada agradável aos Bleus. Como ficou em 2º no grupo D, a equipe pega a líder do grupo C: a Espanha, atual campeã europeia e mundial.