Mundial de Clubes

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Antes da decisão entre Raja Casablanca e Bayern de Munique, neste sábado, não era difícil de se imaginar que, diante da diferença técnica entre as duas equipes, os alemães conseguissem uma goleada tranquila contra a zebra marroquina. Em campo, porém, a situação foi diferente.

Empurrado pela torcida em Marrakesh, o Raja encarou o Bayern de uma maneira bem mais dura do que se podia imaginar. E a derrota 'só' por 2 a 0 acabou ruim para o Santos, que continua com o 'título' de maior saco de pancadas recente em finais do Mundial de Clubes – derrota por 4 a 0 para o Barcelona, em 2011, no Japão.

A equipe que era comandada por Muricy Ramalho e tinha Neymar e Paulo Henrique Ganso como principais estrelas até teve maior posse de bola que o Raja (29% contra 27%), mas perde no placar, nas finalizações e até nas chances claras de gol. Contra os espanhóis o Santos conseguiu oito bolas ao gol de Valdés – o Barça teve 16, o dobro.

Já os marroquinos não se intimidaram diante do temido Bayern de Munique, de Pep Guardiola, Ribery e outros astros do futebol mundial, e tiveram o mesmo número de finalizações – 11. Na vitória sobre o Atlético-MG por 3 a 1, na semifinal, o Raja também chutou 11 vezes, mas teve um aproveitamento bem melhor, marcando três vezes. Desta vez, com má pontaria, não balançou as redes de Manuel Neuer.

"Agora é hora de regressar à terra, todos os meus jogadores estão nas nuvens. No ano que vem o Mundial voltará a ser disputado no Marrocos e teremos que ganhar a nossa Liga para jogar novamente. A derrota por 2 a 0 para o Bayern é um resultado honrosso. Queríamos ganhar, tentamos, mas não foi possível. Estivemos diante de uma equipe gigante", lamentou o técnico Faouizi Benzarti. 

O vexame do Santos foi pior até mesmo que o do Mazembe, que tirou o Internacional na semi de 2010, mas foi derrotado pela Inter de Milão na briga pela taça. Na ocasião, os africanos tiveram um ataque mais operante que os italianos (foram 16 chutes a gol contra 9 dos europeus). Assim como neste sábado, porém, a pontaria foi fraca, e o duelo acabou 3 a 0 para os comandados de Rafa Benitez. 

O Raja, embora tenha saído derrotado de campo, não foi massacrado, como era possível de se imaginar. Com exceção feita à posse de bola, os donos da casa tiveram um jogo, em tese, equilibrado.

Os alemães fizeram 2 a 0 na metade inicial da partida e a goleada passou a ser questão de tempo se o ritmo fosse mantido. No entanto, o Raja se defendeu bem e criou ao menos três chances claríssimas de gols, desperdiçadas por seus jogadores. 

O desempenho ofensivo do Santos em 2011 só não foi pior em relação ao seu adversário se comparado ao duelo entre Barcelona x Estudiantes, em 2009. Liderado por Messi, o time espanhol venceu por 2 a 1, mas o massacre nas finalizações foi impressionante: 16 a 3.