Recopa confronta crença em padrão de Tite contra experimentação de Ney
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Danilo Lavieri e Mauricio Duarte

Do UOL, em São Paulo

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    Douglas, coringa de Ney, e Ralf, símbolo de padrão de Tite, disputam a bola

    Douglas, coringa de Ney, e Ralf, símbolo de padrão de Tite, disputam a bola

A decisão da Recopa, que começa nesta quarta-feira, colocará frente a frente dois treinadores com jeitos opostos de trabalhar. Ney Franco ainda tenta vencer a desconfiança no São Paulo e parece não ter encontrado uma maneira que considere ideal para sua equipe atuar. Tite, por sua vez, conquistou sucesso no Corinthians justamente com a manutenção do esquema tático e por manter uma formação titular consistente.

Desde a saída de Lucas, que foi para o Paris Saint-Germain, Ney Franco já testou três esquemas diferentes, com algumas pequenas variações entre eles. Um deles, o 3-5-2, chegou a ser testado apenas uma vez na temporada e foi desfeito durante o próprio jogo. Na ocasião, o São Paulo saiu derrotado por 2 a 1 para o Arsenal de Sarandí, com a zaga sendo formada por Edson Silva, Lúcio e Rafael Tolói.

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Antes, o time foi, na maior parte do tempo, formado pelo 4-3-3. A zaga chegou a ter a dupla Rhodolfo e Lúcio e, depois, Tolói e Lúcio. As laterais já foram ocupadas por Cortez, Carleto, Rodrigo Caio, Douglas e Paulo Miranda. No meio de campo, Ganso chegou a ser o central, com Wellington e Denilson fazendo a proteção. Jadson, Luis Fabiano e Osvaldo foram, por um tempo, os responsáveis pela linha de frente.

Do lado alvinegro, Tite abriu mão do 4-3-2-1 em raras ocasiões, geralmente por conta da ausência de algum titular. O comandante tem como filosofia trabalhar com um pivô, no caso o atacante peruano Paolo Guerrero, e com um meio de campo flutuante, seja ele formado por Renato Augusto, Romarinho ou Douglas. Nas vezes em que utilizou Pato ao lado de Guerrero, a variação foi para o tradicional 4-4-2.

No São Paulo, inclusive, alguns jogadores já demonstraram descontentamento com a falta de padrão. "Eu prefiro um esquema definido. Sempre comento isso. Até o professor fala com a gente. A gente fala com os jogadores também. Isso facilita, a gente fica menos confuso na marcação. Mas, no primeiro semestre, ele usou bastante o 4-3-3. É decisão dele, ele tem de ver quem está melhor", disse Rodrigo Caio.

No Corinthians, os jogadores costumam exaltar a permanência do modo de atuar em campo. "Eu gosto de jogar como pivô, me encaixo bem no esquema do Tite. Mesmo que tenha que sair mais um pouco para movimentar, não me prejudica", comentou o peruano Paolo Guerrero.

Corinthians e São Paulo começam a decidir a Recopa já nesta quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), no Estádio do Morumbi. No próximo dia 17, ambas as equipes voltam a se enfrentar na segunda e última partida, que define o campeão. O jogo será no Pacaembu, também às 21h50.

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