Presidente do Londrina diz que técnico do Brasil iniciou briga generalizada

Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/TV Xavante

    Briga entre delegações de Londrina e Brasil de Pelotas paralisou jogo por 22 minutos

    Briga entre delegações de Londrina e Brasil de Pelotas paralisou jogo por 22 minutos

Uma briga generalizada no Estádio do Café no último sábado manchou o desfecho da Série D do Campeonato Brasileiro. Segundo o presidente do Londrina, o incidente que acabou com uma pessoa levada ao hospital e outras detidas pela polícia teve origem em uma atitude provocativa do treinador do Brasil de Pelotas.

Ouvido pela reportagem do UOL Esporte, Sérgio Malucelli disse que o técnico Rogério Zimmerman incitou a briga na saída de campo, logo após ser expulso pelo árbitro Eduardo Tomaz de Aquino Valadão.

"A briga foi de comissão técnica, esse é o problema. Tudo estava correndo bem até a hora em que foi expulso o treinador deles. Aí ele passou pelo nosso banco e provocou. Chegou atrás do gol e não saiu do campo, ficou orientado o time dele ali. Foram os seguranças nossos tirá-lo de dentro do campo. Ele deu um tapa, entrou no campo e se jogou como se tivessem batido nele. E aí a briga foi geral", declarou Malucelli.

A versão é rebatida pelo lado do time visitante. Também ouvido pela reportagem, no domingo, Eduardo Martini afirmou que foi o estafe do Londrina que procurou a confusão. O goleiro do Brasil acabou sendo um dos pivôs da briga e saiu do estádio detido pela polícia.

Segundo Martini, Zimmerman teria levado chutes e pontapés e ficou encurralado na saída de campo. Em seguida, pessoas não identificadas no gramado começaram a agredir um cinegrafista da rede RBS, que teria filmado a violência contra o técnico do Brasil. Foi então que o goleiro interveio e também foi agredido, reagindo com um chute na cabeça de um membro da comissão técnica adversária.

De acordo com o presidente do Londrina, o clima de animosidade começou já na partida de ida, em Pelotas.

"A realidade é que a coisa ficou feia desde que nós chegamos em Pelotas para o primeiro jogo. Isso eles não contam. Desde que nós chegamos em Pelotas foi feio, nós fomos muito mal recepcionados, por isso que deu toda essa confusão", relata Malucelli.

Nesta segunda-feira o árbitro Eduardo Tomaz de Aquino apresentou a súmula da partida à CBF, relatando o episódio de selvageria. O relatório menciona socos pelas costas, chute em adversário já caído ao chão e ofensas em geral.

No total foram 22 minutos de paralisação. A briga acabou com a expulsão de Allan Vieira, do Londrina, e Eduardo Martini, do Brasil de Pelotas. A súmula confirma a agressão do goleiro a um membro da comissão técnica local, identificado como "Chimbinha".

"Eu não posso punir meus jogadores, porque eles não tiveram culpa de nada. E depois, na hora do sangue quente, todos brigaram. Depois cada um vai defender o seu lado, quem tinha que ser punido é o massagista deles que entrou no campo com uma barra de ferro, isso já é agressão. Se defender é uma coisa, agora, com ferro? Ninguém estava armado lá dentro e agressão no nosso massagista, o Sidney, o Chimbinha, tanto é que ele foi à delegacia, prestou queixas e levou seis pontos no rosto e seis pontos por dentro da boca", diz Malucelli, do Londrina.

Com o empate por 2 a 2 no tumultuado jogo em Londrina, o Brasil de Pelotas se garantiu na decisão da Série D. O adversários dos gaúchos na final será o Tombense, que eliminou o Confiança também no último final de semana.

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