Brasil fica mais exposto e sofre apagão na defesa, mas Mano atribui a erros individuais

Carlos Padeiro

Em Los Cardales (Argentina)

  • Fernando Vergara/AP

    Brasil levou quatro gols em duas partidas, graças a falhas de Julio Cesar e Dani Alves

    Brasil levou quatro gols em duas partidas, graças a falhas de Julio Cesar e Dani Alves

A vitória do Brasil por 4 a 2 sobre o Equador, na última quarta-feira, mostrou uma evolução ofensiva do time de Mano Menezes. Na parte defensiva, porém, a equipe ficou mais exposta e cometeu falhas que aumentaram para quatro o número de gols sofridos na Copa América.

MANO VAI REPETIR A ESCALAÇÃO

  • Mano Menezes aprovou o desempenho da seleção durante a vitória por 4 a 2 sobre o Equador e indicou que pretende repetir a mesma escalação domingo, às 16h, contra o Paraguai, nas quartas de final.

    "O mais importante é pensar na seleção brasileira e manter a mesma proposta, sair do jogo com a convicção de que estamos melhores, mais consistentes", afirmou.

Para o treinador, não houve erro de posicionamento. Os gols anotados por equatorianos e paraguaios foram consequência de vacilos individuais dos brasileiros, na fase de grupos do torneio continental.

"Penso que os gols que sofremos têm sido mais acidentais. Os jogadores estavam onde deveriam estar, mas às vezes cometem erros. O mais importante é ter tranquilidade para manter o nível de concentração o tempo inteiro, ainda mais agora que serão jogos decisivos", ponderou Mano.

Os números do Datafolha indicam que, além de atacar bastante, a seleção pentacampeã mundial foi atacada. Se por um lado Neymar, Pato & Cia finalizaram 15 vezes, do outro o gol brasileiro foi alvo de 13 arremates dos equatorianos (seis no alvo e sete para fora).

As falhas a que Mano se referiu foram de Julio Cesar, nos dois chutes certeiros de Caicedo, e de Daniel Alves, que perdeu a bola na área brasileira no lance que originou o segundo gol do Paraguai, no empate por 2 a 2 do último sábado.

"Estou satisfeito com o sistema de cobertura. Com exceção do jogo contra o Paraguai, onde cometemos erros nesse quesito, o posicionamento está bem. O Caicedo saiu muito para fazer o pivô e ficou longe da linha dos zagueiros. Quando o adversário faz bem essa movimentação, é preciso estar atento para acompanhar, mas não foi algo gritante, que mereça correções drásticas", opinou o técnico gaúcho.

Antes da Copa América, a retaguarda era o ponto forte da seleção – apenas dois gols sofridos nos oito primeiros amistosos (nas derrotas para Argentina e França por 1 a 0).

A eficiência defensiva se manteve na estreia, quando o gol de Julio Cesar foi ameaçado apenas três vezes no empate por 0 a 0 com a Venezuela. Na segunda rodada, o Paraguai chegou sete vezes ao gol brasileiro. No domingo, o time canarinho encara o Paraguai novamente, dessa vez pelas quartas de final, às 16h, em La Plata.

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