Quenianos campeões da São Silvestre elogiam percurso e dizem que não esperavam vencer
Rafael Krieger
Do UOL, em São Paulo
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Leandro Moraes/UOL
Queniano Edwin Kipsang ultrapassa a linha de chegada para garantir a vitória na São Silvestre 2012
Todos esperavam vitória de quenianos na São Silvestre deste ano, menos eles próprios. Os campeões Edwin Kipsang e Maurine Kipchumba venceram sem serem ameaçados, mas na contida entrevista após a prova, ambos revelaram que não esperavam terminar em primeiro lugar.
Tímidos, os campeões falaram apenas uma frase cada um ao final da corrida. E o discurso foi parecido: surpresa pela vitória e elogios ao percurso, que neste ano voltou a ter chegada na avenida Paulista. Para Edwin Kipsang, o trajeto cheio de declives fez com que a prova tivesse um nível extra de dificuldade.
"O percurso estava muito difícil, havia muitas subidas e descidas. Mas eu tentei me manter forte durante toda a corrida", comentou Kipsang, que viu o brasileiro Reginaldo José da Silva disparar no começo da prova e o ultrapassou com folga depois da íngreme descida da rua Major Natanael, ainda nos primeiros quilômetros.
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"Não esperava vencer, mas estou muito feliz. Espero que no ano que vem eu possa voltar para correr aqui novamente", completou o campeão. Os vencedores da prova do ano passado, Tariku Bekele e Jeptoo Priscah, optaram por não defender o título em 2012.
Melhor para os quenianos, que voltaram a dominar tanto no masculino quanto no feminino. A campeã Maurine Kipchumba só disparou na liderança a partir da metade da prova, e revelou que tudo fez parte de uma estratégia. Mesmo assim, a queniana contratada pelo Cruzeiro admitiu que o resultado a surpreendeu.
"Estou muito feliz, porque não esperava ganhar a prova. O clima está muito bom, e fiquei muito satisfeita com meu percurso. Comecei com tranquilidade, fiquei esperando para entrar na prova. Senti que o meu corpo estava respondendo muito bem, e então decidi ir para cima", explicou a vencedora.
O ritmo forte dos quenianos foi destacado pelos brasileiros, como Giovani dos Santos, melhor do país na prova. Ele subiu ao pódio em quarto lugar, e admitiu que o desempenho dos africanos nas descidas seria difícil de ser igualado.
"Sabia que eles eram rápidos na descida, e infelizmente não acompanhei. Eles desceram muito rápido. Dos cinco quilômetros para frente, eu encostei, mas nas descidas eles abriam vantagem de novo. Na subida da Brigadeiro eu voltei a encostar, vi que dava para buscar o Mark Korir (terceiro colocado), mas na Paulista ele abriu novamente. O importante é que subi no pódio, pois meu objetivo é fazer provas internacionais, e isso foi muito importante", comentou Giovani.
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