Ganso, Neymar e Pato respondem por 54,2% dos erros e veem badalação virar crítica

Carlos Padeiro

Em Córdoba (Argentina)

  • AP Photo/Felipe Dana

    Neymar, Pato, Ganso e Robinho estão sendo questionados; o último virou reserva

    Neymar, Pato, Ganso e Robinho estão sendo questionados; o último virou reserva

Os três jovens mais badalados da seleção brasileira neste processo de renovação liderado por Mano Menezes só decepcionaram neste início de Copa América. Paulo Henrique Ganso, Neymar e Alexandre Pato pouco produziram nos empates com Venezuela e Paraguai e erraram demais.

Por isso, a badalação em cima dos atletas com idade olímpica transformou-se em críticas. Segundo o Datafolha, o trio foi responsável por 54,2% das bolas perdidas pelo Brasil (32 de um total de 59), durante a igualdade por 2 a 2 contra o Paraguai, no último sábado.

NÚMEROS DATAFOLHA DE GANSO, NEYMAR E PATO CONTRA O PARAGUAI

  Ganso Neymar Pato
Bolas perdidas 13 10 9
Dribles 4 certos 3 certos
2 errados
2 certos
Passes 39 certos
7 errados
20 certos
7 errados
11 certos
Finalizações 0 1 errada 1 certa (goleiro defendeu)
Bolas recebidas 46 31 19

Neymar, apontado como o principal nome desta nova geração, foi substituído e ouviu uma sonora vaia no estádio Mario Kempes, em Córdoba.

Já Pato voltou a desperdiçar oportunidades que o posto de camisa 9 da seleção não permite. Logo no primeiro tempo, recebeu uma bola de Jadson e saiu na cara do goleiro Villar. Tentou driblá-lo, mas o camisa 1 paraguaio se recuperou e espalmou o chute para fora.

A sombra de Fred começa a ganhar força sobre o atacante do Milan. O centroavante do Fluminense entrou nos minutos finais, no lugar de Neymar, e marcou o gol de empate salvador aos 44min.

Ganso, o homem de criação do sonho de Mano Menezes, foi quem mais entregou a bola ao adversário. Segundo o Datafolha, o camisa 10 sofreu 13 desarmes, seguido por Neymar, com 10 erros, e Pato, com 9. Ganso ao menos deu duas assistências, inclusive a do gol de Fred.

Os santistas deixaram o estádio sem falar com a imprensa, assim como Robinho, que virou reserva e sequer entrou em campo. Coube a outro 'Menino da Vila' defendê-los.

"Quando o coletivo não vai bem, a individualidade também não aparece. Não é nem por má educação. É melhor nem falar para não acontecerem coisas mais graves", justificou Elano.

Neymar só falou sobre o jogo mais tarde, pelo Twitter: "Não foi o resultado que queríamos. Levantar a cabeça e trabalhar, porque quarta tem mais". Na quarta-feira, a seleção brasileira encara o Equador e precisa ganhar para se classificar às quartas de final.

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