Desde o início de maio, ativistas que ficaram famosas pela nudez em seus protestos têm se manifestado contra a Eurocopa, que começa na sexta-feira. O Femen, grupo feminista da Ucrânia – país que receberá a competição em parceria com a Polônia – tem se mostrado contra o torneio, temendo que ele aumente a prostituição em seu país.

Fundado em 2008, o Femen começou a ganhar notoriedade por seus protestos, que geralmente contam com a nudez de suas ativistas. E, desde o dia 12 de maio, a organização voltou seus olhos para a Eurocopa. Neste dia, integrantes do grupo feminista tentaram roubar a taça da competição, ato que foi repetido no dia 21.

Na segunda investida, uma das mulheres – nua, seguindo a marca registrada do grupo – chegou a tocar o troféu, mas foi contida por um segurança.

Uma ativista chegou a ser detida em Kiev após a tentativa de roubo, que aconteceu enquanto a taça da Eurocopa fazia um tour por cidades dos países-sede.

Mais uma manifestação aconteceu no dia 31. Vestidas de pênis, duas mulheres do grupo Femen fizeram um protesto no Jardim da Independência, em Kiev. O local foi escolhido porque foi montado no local um arranjo de flores no formato da mascote da Eurocopa.

O Femen prevê mais protestos para dois jogos na primeira fase da Eurocopa: Inglaterra x Suécia, marcado para o dia 15 de junho, em Kiev, e Inglaterra x Ucrânia, que acontecerá quatro dias depois, em Donetsk. Isso porque os torcedores ingleses são os principais alvos do grupo.

"Torcedores ingleses precisam saber que, se eles tentarem mexer com as mulheres ucranianas, então nós iremos atrás deles", afirmou Irina Shevcheko, uma das líderes do Femen.

"Nós queremos deixar clara a mensagem de que mulheres ucranianas não são objetos sexuais e que a Ucrânia não é o bordel deles", reforçou Oleksandra Shevchenko, outra integrante do grupo.