Porto Olímpico já tem projeto, Prefeitura agora busca PPP para viabilizá-lo
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Guilherme Coimbra

No Rio de Janeiro

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    Projeto vencedor do Porto Olímpico, do arquiteto brasileiro João Pedro Backheuser

    Projeto vencedor do Porto Olímpico, do arquiteto brasileiro João Pedro Backheuser

A Prefeitura do Rio e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) divulgaram na manhã desta terça-feira, a sede da IAB no Rio, os ganhadores do concurso Porto Olímpico, onde funcionarão as vilas de mídia e de árbitros, um centro de convenções e um hotel cinco estrelas, além de outras instalações olímpicas temporárias. O projeto vencedor é uma parceria entre arquitetos brasileiros e catalães. A Prefeitura ainda não definiu o cronograma das obras e agora vai correr atrás do dinheiro para executá-las, que deve sair de uma parceria público-privada (PPP).

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A Prefeitura do Rio e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) divulgaram na manhã desta terça-feira, a sede da IAB no Rio, os ganhadores do concurso Porto Olímpico, onde funcionarão as vilas de mídia e de árbitros, um centro de convenções e um hotel cinco estrelas, além de outras instalações olímpicas temporárias. O projeto vencedor é uma parceria entre arquitetos brasileiros e catalães Imagem: Divulgação

O modelo de financiamento do Porto Olímpico deve ser semelhante ao do Sambódromo e da Vila Olímpica. No primeiro caso, a Ambev está pagando a conta da reforma da instalação e receberá em contrapartida o direito de erguer um prédio comercial de 26 andares no local. No segundo, os prédios da vila são construídos pela construtora Carvalho Hosken, que poderá vendê-los depois de 2016 como empreendimentos imobiliários.

"É uma coisa incrível convencer alguém a investir em algo que só poderá ser explorado depois de 2016", disse o prefeito Eduardo Paes. "Temos que aproveitar esse momento mágico que o Rio está vivendo para evitar gastar dinheiro público com as instalações olímpicas. Graças a isso podemos canalizar investimentos para obras de infraestrutura para a cidade", completou.

O Porto Olímpico não estava incluído no dossiê de candidatura do Rio. O projeto inicial previa que todas essas instalações fossem concentradas na Barra da Tijuca. "Se nós disséssemos ao COI [Comitê Olímpico Internacional] que levaríamos toda essa estrutura para uma área feia e degradada no meio do Rio, eles não achariam legal", confessou o prefeito. "Foi duro convencê-los da mudança de planos, mas queremos que a cidade seja totalmente transformada pelos jogos."

Há duas semanas, a Prefeitura do Rio levantou R$ 3,5 bilhões para o financiamento do projeto Porto Maravilha, que prevê a total revitalização da zona portuária com obras de infraestrutura. A quantia foi conseguida com a emissão de Certificados de Potencial Construtivo (Cepacs), que foram comprados por um fundo da Caixa Econômica Federal e serão revendidos aos potenciais investidores em um leilão previsto para ocorrer até o final de julho.

"Queremos que o Rio passe por uma transformação ainda maior do que a de Barcelona", disse Paes. A capital catalã foi a referência dos vencedores do concurso Porto Olímpico. Resultado de uma parceria entre o arquiteto brasileiro João Pedro Backheuser e o escritório catalão Alonso, Balaguer y Asociados, o projeto privilegia a harmonia entre as construções e o espaço público.

"Barcelona é uma cidade totalmente pensada para os seus moradores", defende Backheuser. "O Rio não precisa só de edifícios de qualidade, mas também de espaços públicos de qualidade."

Ignasi Riera, representante do escritório catalão, acha que o Porto Olímpico e a revitalização da zona portuária podem deslocar o eixo de interesse do mercado imobiliário carioca. "Onde se construiu a vila olímpica de Barcelona, há 25 anos havia uma área degradada, com fábricas abandonadas e alta criminalidade", explica Riera. "Hoje as pessoas saem no tapa para viver ali."

O concurso público contou com a participação de 83 equipes. Os quatro primeiros colocados foram premiados com respectivamente R$ 80, 35, 25 e 20 mil. O projeto do arquiteto Roberto Alflalo ficou em segundo lugar, seguido por Francisco Spadoni e Jorge Jáuregui. O grande vencedor tem garantida uma execução mínima de 40% do projeto. As construções serão feitas em terrenos de 850m2que hoje pertencem à União, mas serão vendidos à Prefeitura.

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