Governo gastará até R$ 194 mil para ouvir britânicos sobre organização da Olimpíada

Rodrigo Mattos

Do UOL, em São Paulo

  • Sergio Lima/Folhapress

    28.set.2012 - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, cumprimenta a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, em Brasília

    28.set.2012 - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, cumprimenta a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, em Brasília

O governo brasileiro gastará até R$ 194 mil em seminários para obter know-how de autoridades britânicas em relação à organização dos Jogos Olímpicos. O evento, que será no final deste mês, ocorrerá em paralelo ao encontro entre os comitês olímpicos do Rio-2016 e de Londres-2012 para troca de informações sobre a competição.

A interação entre as sedes dos Jogos é uma exigência do COI (Comitê Olímpico Internacional). Mas isso não inclui governos. Um acordo em 2009 entre brasileiros e britânicos é que estabeleceu cooperação entre autoridades dos dois países. Depois, a presidente Dilma Roussef e o primeiro-ministro, David Cameron, detalharam a parceria no final de setembro em visita do inglês ao Brasil.

Para viabilizar essa cooperação foi criado o PGO (Programa Governamental de Observadores). Foi neste projeto que funcionários da APO foram a Londres para acompanhar os Jogos, quando foram até comprados ingressos no valor total de R$ 100 mil para os brasileiros entrarem nas competições.

A intenção é obter informações sobre itens de infraestrutura  e serviços dos Jogos, como "transporte, mobilidade, incluindo operação aeroportuária, segurança, aduana, vigilância sanitária e imigração", como contou a assessoria do organismo federal.

Para isso, viabilizou-se agora o encontro entre os dois governos a ser realizado nos dias 24 e 25 de novembro. A APO abriu licitação que prevê preço máximo de R$ 194 mil para realizar a reunião - vencerá quem fizer a menor proposta.

Estarão envolvidas na reunião 220 pessoas. São 180 membros de governo federal, municipal e estadual, mais 30 representantes do governo britânicos e outros 10 palestrantes. O governo brasileiro vai pagar seis bilhetes de classe econômica para palestrantes, enquanto os ingleses bancarão as hospedagens de seus funcionários. No edital de licitação, foram especificados outros serviços a serem contratados pela APO.

"Infraestrutura e logística, compreendendo ambiente principal e salas para realização do evento, um almoço para 30 pessoas durante o encontro, 3 coffe-brakes, serviços técnicos, tradução simultânea, criação e impressão de serviços gráficos", explicou a assessoria do organismo governamental. Ainda não foi definido o lugar do encontro.

Segundo a APO, já estava previsto com os britânicos uma divisão de custos entre os dois governos para realizar a troca de informações sobre a Olimpíada.

"Os deslocamentos para visitas, alimentação durante os eventos, logística de reuniões e disponibilização de palestrantes para os observadores brasileiros na Inglaterra ficaram a cargo do Governo Britânico. No Brasil, a APO assume a sua parte em nome dos três níveis de governo que representa",  afirmou a assessoria do governo.

O debriefing (troca de informações) a ser realizado entre os Comitês Rio-2016 e Londres-2012 será bancado pela organização privada brasileira, juntamente com o COI, sem verba pública.

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