COI prevê ano "crítico" para Rio-2016 e demonstra preocupação com hospedagem

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Divulgação

    Membros do COI durante encerramento de visita a obras olímpicas no Rio

    Membros do COI durante encerramento de visita a obras olímpicas no Rio

O ano de 2013 será "crítico" para a preparação do Rio de Janeiro para a Olimpíada de 2016. Essa é a previsão da chefe da Comissão de Coordenação do COI (Comitê Olímpico Internacional) para os Jogos de 2016, Nawal El Moutawakel, revelada em entrevista concedida nesta quarta-feira.

Segundo Nawal, durante todo o ano, a organização dos Jogos Olímpicos do Rio tem que concluir diversos projetos e dar início às obras que garantirão o bom andamento da Olimpíada. Tudo isso tem que ser feito em dia para que haja tempo de tudo estar pronto até os Jogos e antes, para os eventos-teste.

"Muitos projetos ainda precisam ser entregues simultaneamente. É preciso começar trabalho em vários locais para que possamos ter eventos testes", disse Nawal. "O ano que temos pela frente será crítico."

A entrevista de Nawal marcou o encerramento da quarta visita da comissão do COI ao Rio. A viagem começou na segunda e trouxe 18 membros do comitê olímpico à cidade-sede da próxima Olimpíada.

Na segunda, a comissão do COI reuniu-se com membros do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 e das três esferas de governo (federal, estadual e municipal). Já na terça, eles visitaram o Maracanã e a região portuária.

Nawal, assim como outros membros do COI, disse estar satisfeita com o andamento da preparação da Olimpíada. O diretor executivo de Jogos Olímpicos do COI, Gilbert Felli, no entanto, demonstrou uma certa preocupação com a falta de hospedagem.

Segundo ele, o COI vai aguardar até junho para que o Rio apresente um plano final sobre como abrigar todos os atletas, turistas e organizadores em 2016. "O importante é que viremos em junho para checar se o prazo para a construção de novos hotéis será adequado", afirmou o diretor do comitê olímpico.

Na segunda-feira, o prefeito Eduardo Paes já havia reconhecido que o Rio ainda precisa ampliar sua quantidade de quartos em hotéis para atender as exigências do COI. Paes disse que, principalmente na área da Barra da Tijuca, a cidade ainda tem um déficit de cerca de 700 acomodações.

"Não especificamente na cidade toda, mas na Barra da Tijuca, a gente ainda tem um déficit", admitiu Paes. "O COI espera que 15 mil acomodações. Temos 14.300."

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