Relíquias saem pela primeira vez do Museu Olímpico para mostra na Paulista

Bruno Doro

Do UOL, em São Paulo

Na Olimpíada de 1952, em Helsinque, os finlandeses confeccionaram apenas cinco tochas olímpicas. Uma delas, uma verdadeira relíquia dos Jogos, está no Brasil para quem quiser ver. A partir de terça-feira, quem passar pela Avenida Paulista terá a chance de ver essa e outras raridades olímpicas.

A mostra "Jogos Olímpicos: Esporte, Cultura e Arte" está no Centro Cultural do Sesi-SP, dentro do prédio da Fiesp, na Avenida Paulista. Fica por lá de 16 de abril até 30 de junho, quando segue para o Rio de Janeiro. A entrada é gratuita.

"É uma grande oportunidade para que os brasileiros vejam alguns itens que só quem vai até a Suíça pode ver. É a primeira vez, por exemplo, que mostramos todas as medalhas olímpicas em uma exposição fora do Museu Olímpico", diz a curadora do museu do COI (Comitê Olímpico Internacional), Frédérique Jamolli.

O acesso a essas peças raras foi possibilitado por dois detalhes. O primeiro, e óbvio, é a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. O segundo, a reforma do Museu Olímpico. "Algumas dessas peças fazem parte da nossa exposição permanente e nunca saiu de Lausanne. É um orgulho ter a oportunidade de mostrá-las para o público brasileiro, que é, conhecidamente, apaixonado por esportes", completa Frédérique.

Depois de São Paulo, a mostra segue para o Rio de Janeiro.

As atrações

  • Fernando Donasci/UOL

A mostra conta com quase três mil itens e foi pensada para agradar quem gosta de esportes e quem não está tão inserido nesse mundo. Um dos documentos mais importantes está logo no início do percurso: uma folha de papel amarelada, com o discurso, em francês, todo riscado com ajustes e substituições, que o Barão de Coubertin fez para criar os Jogos Olímpicos da Era Moderna.

A área das tochas, que vem logo em seguida, deve agradar a todos os visitantes. Há inclusive, a chance de tirar uma foto segurando a tocha dos Jogos de Londres, com a Tower Bridge, símbolo da capital inglesa, ao fundo. Logo depois chegam as relíquias esportivas.

Lá, fãs do esporte poderão ver o tênis que Michael Jordan usou nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992 – aquela marcada pelo Dream Team original do basquete norte-americano. As sapatilhas que o brasileiro Adhemar Ferreira da Silva usou para conquistar uma de suas duas medalhas de ouro no salto triplo. A pistola de Guilherme Paraense na primeira medalha de ouro da história do esporte brasileiro. Ou o colete de Torben Grael, velejador dono de cinco medalhas olímpicas.

Quem é menos fanático por exporte irá se divertir com a área de memorabília e mascotes, todos em pelúcia. O ponto alto é uma versão em tamanho grande do ursinho Misha, que fez sucesso nas Olimpíadas de Moscou, em 1980.

Quem ficar entediado só de olhar vai se divertir na área interativa. Você poderá montar os mascotes olímpicos, comparar sua altura com atletas brasileiros (como o gigante Anderson Varejão e o baixinho Artur Zanetti) e, principalmente, comparar sua performance no salto em distância, comparado com as marcas do recorde mundial.

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