7 meses após anúncio, começa plano de R$ 1 bi por 10º lugar nas olimpíadas

Aiuri Rebello e Ricardo Perrone

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

  • Satiro Sodré/SSPress/Divulgação

    O nadador brasileiro Thiago Pereira: atleta deve constar na lista dos beneficiados

    O nadador brasileiro Thiago Pereira: atleta deve constar na lista dos beneficiados

Com esperança de que o Brasil ganhe 12 posições e termine as Olimpíadas do Rio de Janeiro na décima colocação geral, o governo brasileiro vai recorrer à ajuda de oito estatais para investimento de R$ 1 bilhão em atletas e seleções com alguma chance de conquistar uma medalha em 2016. O Ministério do Esporte já havia separado R$ 1,5 bilhão para atletas olímpicos até o ano dos jogos.

Dois terços do dinheiro para o Plano Brasil Medalhas, como o projeto foi batizado, sairá de um orçamento suplementar para o Ministério do Esporte até 2016. O restante virá do Banco do Brasil, BNDES, Caixa, Correios, Eletrobrás, Infraero, Petrobras e BNB. Estatais que já patrocinam atletas, seleções, federações e confederações. De acordo com o Ministério do Esporte, apesar do orçamento definido, ainda não é possível dizer quantos atletas devem ser beneficiados e nem quanto será gasto em 2013. Também não foram anunciados até agora os critérios que o governo vai usar para decidir quem terá chances de medalha ou não daqui a três anos, em 2016.

O projeto havia sido oficialmente lançado, com presença da presidente Dilma Rousseff, em setembro do ano passado. Mas começou a ser detalhado e sair do papel nesta quarta-feira (25), sete meses depois, com a edição da portaria número 83 que oficializou a iniciativa. De acordo com a pasta do Esporte, na primeira quinzena de maio deve ser publicado o edital para inscrição com prazos e pré-requisitos dos que serão selecionados. Para valer, os recursos devem chegar para os atletas apenas no segundo semestre, cerca de um ano depois do lançamento oficial.

O QUE PREVÊ O PLANO BRASIL MEDALHAS

Bolsa Pódio R$ 15 mil/mês por atleta
Bolsa Técnico R$ 10 mil/mês por atleta
Bolsa multidisciplinar R$ 5 mil/mês para pagamento de nutricionista, fisioterapeuta, etc
Equipamentos até R$ 20 mil por atleta para compra de equipamentos
Diárias e passagens apoio para viagens para competição
Centros de treinamento reforma e construção de 22 centros de treinamento olímpicos e paraolímpicos

Passo maior que a perna?

A meta é ambiciosa se for considerado que, das Olimpíadas de Pequim em 2008, quando o país ficou na 23º colocação, para os jogos de Londres, no ano passado, o Brasil avançou uma posição e terminou em 22º lugar na colocação geral. Em ambas edições o país conquistou três medalhas de ouro, que definem o ranking geral. Ao todo, em Londres foram 17 medalhas e em Pequim, 15. A melhor colocação brasileira foi a 17º posição, nos jogos de 1980, em Moscou. A pior, uma 52º colocação em 2000, nos jogos de Sydey.

O dinheiro irá para 21 modalidades olímpicas: águas abertas (maratona aquática), atletismo, basquetebol, boxe, canoagem, ciclismo BMX, futebol feminino, ginástica artística, handebol, hipismo (saltos), judô, lutas, natação, pentatlo moderno, taekwondo, tênis, tiro esportivo, triatlo, vela, vôlei e vôlei de praia.

As principais ações previstas são a contratação de técnicos e outros profissionais, aquisição de materiais e equipamentos, custeio de viagens para treinamentos e competições, criação de plano de desenvolvimento e melhora na colocação dos rankings mundiais das modalidades, e viabilização de centros de treinamento.

O dinheiro também irá para 15 modalidades paraolímpicas: atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeiras de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, tênis de mesa e voleibol sentado. No caso dos jogos paraolímpicos, a meta é chagar à quinta colocação na classificação geral.

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