O novo presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, afirmou que há questões a serem trabalhadas em relação à organização dos Jogos do Rio-2016. Por isso, pretende sentar com o Comitê Organizador e o com o governo para ter uma diálogo sobre os preparativos do evento. Seu discurso foi moderado, sem cobranças duras, demonstrando confiança no progresso apontado pela comissão de avaliação do COI.

"Nós estamos a três anos do Rio. Tenho certeza de que vamos trabalhar perto com comitê e com autoridades. Há questões (a resolver). Mas temos que acreditar no relatório da comissão (mostrado ao COI em Buenos Aires). A comissão expressou que houve progresso no passado. Por experiência, temos trabalhar com o comitê organizador de uma forma consistente. Espero que no futuro eu sente com o Rio para ter a primeira impressão e ter diálogo", afirmou o alemã.

Atualmente, o ex-presidente do COI Jacques Rogge tem tido pouca relação direta com o governo federal e com a prefeitura do Rio de Janeiro, organismos que vêm lidando com a comissão de avaliação do COI, presidida pela marroquina Nawal El Mountakel. Nesta terça-feira, Bach recebeu uma ligação de parabéns do chefe de Estado russo, Vladmir Putin. O comitê não confirmou se a presidente da República, Dilma Roussef, também telefonou.

"Sochi-2014 é uma top prioridade. Quando for para Lausanne (sede do COI), quando Rogge entregar para mim o cargo, o primeiro arquivo será Sochi. Para minha grande satisfação, minha primeira viagem como COI será ligada a Sochi. Será para Olympia (berço olímpico) que será minha primeira viagem oficial. Onde verei a tocha", afirmou ele.

Fora isso, Bach disse que está aberto a diálogo com atletas, e negou qualquer promessas ou influências em sua futura gestão por parte de membros do COI que o ajudaram na campanha. Também rechaçou acusações de que trapaceou para obter sua medalha de ouro, na esgrima, em Montreal-1976.