Após ataques no Rio, chefe do COI diz que segurança é prioridade olímpica

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

21/03/201417h11

Os ataques a UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) viraram tema de declarações de representantes do COI (Comitê Olímpico Internacional) que estão no Rio de Janeiro para acompanhar a preparação da cidade para a Olimpíada de 2016. Nesta sexta-feira, Nawal El Moutawakel, presidente da Comissão de Coordenação do COI para a Rio-2016, disse estar triste com o que aconteceu em Manguinhos na noite de quinta. Ainda ressaltou que a segurança é uma prioridade para o comitê quando se trata de Olimpíada.

"Soube do que houve ontem [dos ataques à UPP de Manguinhos]. Fiquei triste", disse Nawal, em entrevista coletiva concedida na sede do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio-2016. "A segurança é sempre uma prioridade para nós. Nós confiamos em nossos parceiros governamentais."

Na quinta, em Manguinhos, um protesto acabou virando tumulto. Fogo ateado em carros atingiu a rede elétrica e deixaram a comunidade sem luz. Durante o apagão, a UPP foi atacada.

Durante os ataques, a comissão do COI estava na cidade. Eles chegaram na quarta e encerram sua visita à capital fluminense na sexta-feira.

COMITÊ RIO-2016 VAI GASTAR R$ 7 BILHÕES

Quatro anos após o Rio de Janeiro ser eleito sede da Olimpíada de 2016, o comitê organizador do evento finalmente divulgou seu primeiro orçamento dos Jogos. O órgão, que será o responsável pela operação do evento (alimentação de atletas, equipamentos esportivos, etc), informou que pretende gastar R$ 7 bilhões para cumprir com suas obrigações olímpicas. E mais: não usará nenhum recurso público para isso.