No dia em que o Rio de Janeiro celebra quatro anos de sua escolha para ser sede da Olimpíada de 2016, a prefeitura da cidade anunciou o início das obras dos dois centros de mídia do evento. O IBC (Centro Internacional de Transmissão) e o MPC (Centro Principal de Mídia) ficarão no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, e serão usados por mais 10 mil profissionais durante os Jogos.

O IBC terá 85 mil metros quadrados de área construída. Já o MPC terá 27 mil metros quadrados. As obras de ambos os prédios estão na fundação. O trabalho começou nesta semana.

A construção dos prédios está sendo feita por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada). A Prefeitura do Rio de Janeiro fez uma parceria com o Consórcio Rio Mais, responsável pela obra do Parque Olímpico, para que ele erga com seus próprios recursos as estruturas para a mídia. Após a Olimpíada, o grupo de empresas poderá explorar economicamente os prédios, assim com parte do Parque Olímpico.

Segundo o prefeito Eduardo Paes, essa é a primeira vez que os centros de mídia de uma Olimpíada serão construídos sem aporte direto de recursos públicos. Para o prefeito, a inovação é positiva já que as estruturas do IBC e MPC são caras e, depois do fim da Olimpíada, seriam de difícil aproveitamento pelo governo municipal.

Uma demora no início das obras dos centros de imprensa já havia sido tema de queixas de emissoras de TV ao COI (Comitê Olímpico Internacional). Aliás, na sua última visita de inspeção ao Rio, em setembro, o COI cobrou mais agilidade e organização na preparação da cidade para os Jogos.

A presidente da Comissão de Coordenação do COI para os Jogos Rio-2016, Nawal El Moutawakel, afirmou no início do mês passado que o Rio precisa estar atento aos prazos das obras e definir o mais rápido possível uma matriz de responsabilidades da Olimpíada, documento que deve listar todos os projetos essenciais para o evento. "Precisamos trabalhar com prazos e, em alguns casos, sabemos que o tempo que temos já está muito apertado", disse ela.