Faltando dois anos para o início da Olimpíada de 2016, autoridades envolvidas na organização dos Jogos vieram a público afirmar que a preparação para o evento entrou numa nova fase. O planejamento ficou para trás. Tudo o que tinha que ser pensando já foi. Agora, é tocar as obras.

E isso tem sido feito, de acordo com os organizadores. Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (4), representantes da prefeitura do Rio de Janeiro, do governo do Estado, do governo federal e do Comitê Organizador e até do COI (Comitê Olímpico Internacional) disseram que o tudo caminha dentro do cronograma.

"Vamos entregar no prazo", afirmou o prefeito Eduardo Paes. "Isso é uma coisa que o brasileiro não está acostumado a fazer, mas a data de início dos Jogos está aí. Tudo vai ser entregue."

Paes é responsável por grande parte das obras em instalações olímpicas e de infraestrutura que estão sendo realizadas no Rio para que a cidade possa realizar bons Jogos. Segundo ele, todos os projetos que precisam de um longo tempo para ser concluídos já foram iniciados. Lembrou que a obra do Parque de Deodoro, que por várias vezes foi tema de críticas do COI, está em execução e dentro do seu calendário.

O secretário executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, ratificou que todos os grandes projetos já estão em execução, inclusive Deodoro. Disse que é natural que o planejamento da Rio-2016 enfrente as mesmas críticas dos enfrentados na Copa do Mundo de 2014. No entanto, afirmou que tudo segue dentro do programado.

"Nunca trabalhamos com conforto. Temos que manter o foco", disse ele, na entrevista coletiva. "Eu enfrentei o mau humor e o ceticismo sobre a Copa do Mundo com convicção de que tudo estaria pronto. Mantenho a mesma convicção de que estaremos com tudo pronto para a Olimpíada."

Matriz mostra evolução

Na semana passada, a APO (Autoridade Pública Olímpica), órgão que concentra os esforços do governo para a Rio-2016, divulgou uma atualização da Matriz de Responsabilidades da Olimpíada. O documento reúne informações sobre todos os investimentos tidos como essenciais para a realização dos Jogos do Rio.

A primeira versão do documento havia sido lançada em janeiro deste ano. Naquele momento, menos da metade dos projetos estão prontos, em obras ou em fase de licitação. Em julho, menos de 30% do que é considerado essencial está nesta situação.

Para o presidente da APO, general Fernando Azevedo e Silva, isso é uma evolução. "Os entes estão avançando. O coração da Olimpíada está encaminhado. Não tenho dúvida que ela será um sucesso."