Dupla da vela e Zanetti são eleitos atleta do ano no Prêmio Brasil Olímpico
Fábio Aleixo e Pedro Ivo Almeida
Do UOL, no Rio de Janeiro
A dupla da vela Martine Grael e Kahena Kunze e o ginasta Arthur Zanetti foram eleitos os atletas do ano no Prêmio Brasil Olímpico, na noite desta terça-feira (16), no Rio de Janeiro. A escolha foi feita por um júri especializado.
Vencedoras na disputa feminina, Martine e Kahena ganharam o prêmio graças a dois títulos importantes: conquistaram o Campeonato Mundial de vela na classe 49erFX e, de quebra, foram eleitas de maneira inédita entre mulheres brasileiras as melhores velejadoras do mundo.
Elas superaram a nadadora de águas abertas Ana Marcela Cunha, que se sagrou tricampeã da Copa do Mundo de maratona aquática, e a judoca Mayra Aguiar, que somou ao bronze olímpico de Londres-2012 um título mundial em 2014 na categoria dos meio-pesados.
Entre os homens, o campeão olímpico Arthur Zanetti teve como maior feito em 2014 o vice-campeonato mundial nas argolas, deixando para trás o adolescente Marcus Vinicius D'Almeida, de 16 anos, que neste ano surpreendeu ao conquistar uma medalha de prata em uma etapa adulta da Copa do Mundo de tiro com arco, e Tiago Splitter, o primeiro brasileiro a conquistar um título da NBA.
Já a ginasta Flávia Saraiva, de 15 anos, foi a vencedora do prêmio Atleta da Torcida, por votação popular feita pela internet. Laís Souza entregou o troféu à atleta.
Promessa da ginástica artística, Flávia ganhou três medalhas nas Olimpíadas da Juventude de Nanquim, na China, no último mês de agosto.
Durante a premiação, os nadadores Etiene Medeiros e Felipe França foram homenageados pelo desempenho no Mundial de Piscina Curta, no Qatar, no início do mês. Como a competição ocorreu já em dezembro, a performance dos atletas não chegou a ser considerada para o prêmio Brasil Olímpico, cujos vencedores já estavam definidos desde novembro.
Já Vanderlei Cordeiro de Lima, medalha de bronze na maratona dos Jogos de Atenas-2004, recebeu o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, que homenageia atletas que carregam os valores positivos do esporte.
Em Atenas, Vanderlei liderava a maratona quando foi abraçado por um padre irlandês, mas seguiu na prova e terminou em terceiro, comemorando bastante. Na época, o brasileiro foi homenageado pelo Comitê Olímpico Internacional com a medalha Pierre de Coubertin pelo espírito olímpico e postura esportiva.
Para este ano, o COB implementou algumas mudanças importantes nos principais prêmios do evento. Os campeões foram escolhidos por um júri especializado, e não mais por voto popular; o troféu Atleta da Torcida foi criado justamente para manter a participação do público. Por fim, o COB resolveu aceitar entre os indicados duplas, para impedir que parceiros concorressem na mesma categoria.
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