Nuzman teme que crise do vôlei influencie nos resultados na Olimpíada

Fábio Aleixo e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Davi Ribeiro/Folhapress

A crise institucional pela qual passa o vôlei após a Controladoria Geral da União (CGU) apontar várias irregularidades em contratos assinados na gestão Ary Graça à frente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e a suspensão do patrocínio do Banco do Brasil preocupam Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil). Para ele, isso pode ter um impacto negativo visando aos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

O vôlei é um carro-chefe do COB visando ao objetivo de terminar no top 10 do quadro de medalha. Isso porque a modalidade distribui quatro medalhas de ouro, sendo duas na quadra e duas na praia.

"Espero que essa suspensão (de patrocínio) seja temporária, porque o que nos preocupa é o trabalho das seleções brasileiras para os Jogos Olímpicos de 2016, porque estarão em jogo quatro medalhas que o voleibol tem, no masculino e feminino na quadra e na praia. É óbvio que isso nos deixa preocupados e espero que o Banco do Brasil possa rever, estabelecer as suas regras, e com isso possa seguir adiante", disse Nuzman, que foi presidente da CBV entre 1980 e 1990.

"Não há dúvidas que o voleibol é um exemplo dentro do esporte brasileiro, não só pelas suas conquistas mas pela forma como se estruturou e cresceu, disso não tenho a menor dúvida disso. Espero que isso (crise) se resolva logo", completou.

Nuzman mostrou descontentamento em relação às punições sofridas pelos integrantes da seleção masculina por conta de confusões ocorridas durante o Mundial da Polônia, no qual a equipe nacional acabou com o vice-campeonato. O técnico Bernardinho, o líbero Mário Junior, o levantador Bruninho e o ponteiro Murilo sofreram sanções da FIVB (Federação Internacional de Vôlei), da qual Ary Graça é presidente. As punições foram divulgadas apenas um dia após a divulgação do relatório da CGU.

"Quero dizer que para mim foi uma surpresa muito grande. Não conheço o processo, então não posso opinar, mas a minha surpresa é que foi imediatamente às questões que surgiram", disse Nuzman, durante a cerimônia de entrega do Prêmio Brasil Olímpico, no Rio de Janeiro.

Por conta destas punições, a CBV abriu mão de sediar a fase final da Liga Mundial de 2015. A competição serviria como evento-teste do Maracanãzinho para a Olimpíada.

"O desejo de cada confederação de organizar ou não competições é dela. Para o evento-teste não muda, porque nós vamos organizar o evento que for, não importa o nível das equipes, o importante é o funcionamento da operação", disse Nuzman, que também é presidente do Comitê Organizador dos Jogos. 

Vencedores do Prêmio Brasil Olímpico
  • Divulgação
    Atleta do Ano (masculino)
    Arthur Zanetti (ginástica artística)
  • Sailing Energy/Divulgação
    Atleta do Ano (feminino)
    Martine Grael e Kahena Kunze (vela)
  • Reprodução/Instagram
    Atleta da torcida
    Flávia Saraiva (ginástica artística)

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