Fittipaldi celebra ajuda de homem mais rico do mundo para ver neto na F-1

Bruno Freitas

Do UOL, em São Paulo

  • Karime Xavier/Folhapress

    Pietro Fittipaldi (direita) posa ao lado do avô, o bicampeão mundial de F-1 Emerson Fittipaldi

    Pietro Fittipaldi (direita) posa ao lado do avô, o bicampeão mundial de F-1 Emerson Fittipaldi

O magnata mexicano Carlos Slim tem uma fortuna estimada em US$ 73 bilhões e recentemente ajudou a levar os compatriotas Sergio Pérez e Esteban Gutiérrez até a Fórmula 1. Aficionado por automobilismo, o homem mais rico do mundo financia desde março o projeto para levar de volta o sobrenome Fittipaldi à categoria, com o apoio ao jovem Pietro, neto do ídolo Emerson.

Em entrevista ao UOL Esporte [em vídeo, ao fim da matéria], o bicampeão mundial da F-1 comenta a guinada estratégica do neto, do automobilismo americano para o europeu, celebra o apoio de Slim e prevê caminho difícil de Pietro até a elite das pistas.

"Eu acho que ele estava indo tão bem na Nascar, com tanto talento, era um desperdício de talento se ele não tentasse ir no caminho da Fórmula 1. E esse projeto com a Claro, com a Embratel, que é o mesmo projeto que levou os mexicanos à Fórmula 1. O Carlos Slim resolveu dar essa chance ao Pietro, é espetacular a ideia", afirmou Emerson.

Carlos Slim Helu é o atual líder do ranking de bilionários da revista Forbes, à frente de nomes como Bill Gates e Warren Buffett. Mexicano de origem libanesa, o parceiro do novo Fittipaldi se destaca como empresário de atuação no ramo de telecomunicações, entre outros.

Por sua vez, em nome do projeto F-1, Pietro deixou para trás um começo promissor na Nascar, a gigante liga de carros turismo dos Estados Unidos, com diversas ramificações. O adolescente Fittipaldi foi campeão de uma divisão regional em 2011, a Limited Late Model.

Agora em 2013, com a nova estratégia de carreira, o neto de Emerson passa por uma dura transição aos monopostos, O menino de 17 anos, nascido em Miami, é o 15º na temporada da F-Renault Inglesa e apenas o 20º da F-4. Mas, como propagado na apresentação do projeto, sem pressa por resultados imediatos.  

"Chegar à Fórmula 1, a gente sabe que é um caminho difícil, tem milhares e milhares de jovens do mundo todo tentando chegar à Fórmula 1. Então vamos torcer. Ele tem vontade, tem paixão, tem talento. Agora tem que juntar tudo para dar certo", comenta Emerson.

Primeira aposta automobilística de Slim, Pérez chegou à F-1 após temporadas na Fórmula 3 Britânica e na GP2. Hoje o mexicano é companheiro de Jenson Button na McLaren. Gutiérrez também vem de categorias europeias de acesso e ingressou na categoria em 2012, pela Sauber, a mesma escuderia que havia oferecido a primeira oportunidade a seu compatriota antes citado.

Se Pietro chegar lá, vai emplacar o sobrenome famoso na Fórmula 1 pela quarta vez. Emerson correu na categoria de 1970 a 1980 e acumulou dois títulos (72 e 74). Seu irmão Wilson esteve na disputa em três temporadas durante a década de 70. Por fim, o último dos Fittipaldi na elite dos monopostos foi Christian, filho de Wilsinho, de 1992 a 1994.

No vídeo abaixo, Emerson fala da batalha do neto para ir à F-1 e também conta por que escolheria Alonso e Massa para uma "equipe dos sonhos". Fittipaldi também diz ver o ciclo vencedor da Red Bull no limite. Na entrevista, o ídolo do automobilismo nacional ainda comenta o momento político do Brasil, com protestos de ruas, e relata uma conversa com Niki Lauda e Jackie Steward, os "sobreviventes" dos anos de mortes da cultuada categoria. 

VEJA A ENTREVISTA COM EMERSON FITTIPALDI

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