Pela terceira vez seguida, Madri tenta convencer os membros do COI (Comitê Olímpico Internacional) de que "faz sentido" lhe dar os Jogos. Para isso, se apoiou em dois pilares em sua apresentação: a maior parte de instalações e infraestrutura está pronta, e o país projeta a superação da crise financeira recente.

"Sete anos é pouco para construir. A melhor solução é escolher uma cidade que já se preparou antes do tempo", deu o tom o membro espanhol do COI Juan Samaranch Jr.. Segundo o plano apresentado, serão gastos US$ 5 bilhões, menos do que as outras candidaturas e um terço do que o Rio-2016. Isso porque a promessa é de que 80% das instalações esportivas já estão prontas.

Outro ponto da apresentação foi relacionado à crise financeira que afetou o país. Para isso, o presidente espanhol, Mariano Rahoy, apresentou dados que mostram um crescimento de 4,1% na Espanha, acima da média europeia. Mas isso aconteceu após uma grande retração econômica no país.  "Estamos no caminho para nos recuperar. Uma recuperação que não tínhamos desde a década 80", afirmou o político.

O discurso final foi feito pelo príncipe Felipe das Asturias. Ele quis rebater questionamentos recentes sobre a validade de sediar grandes eventos esportivos por conta de seu custo. Isso tem gerado protestos em países como o Brasil durante a Copa das Confederações.

"Este é um tempo interessante de se candidatar para Jogos. Algumas pessoas começam a questionar as candidaturas em momentos de crise. Não vejo como ameaça, mas vejo como oportunidade. Os benefícios do esporte são medidos em gerações, não em dólares", afirmou o príncipe.

A apresentação de Madri foi marcada por um problema de transmissão de televisão por conta dos temporais que afetam Buenos Aires. Houve uma queda por 15min da transmissão de TV durante um pico de chuva na cidade portenha. Ao final, o lema é de que não deve se gastar muito dinheiro para realizar os Jogos.