O prefeito Eduardo Paes adotou tom forte contra críticos que questionam o cronograma para realização da Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016. Durante a primeira visita oficial da imprensa ao futuro Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, o político disse que as pessoas que torcem contra terão uma grande decepção.

"Mais uma vez os urubus vão se frustrar com o sucesso. A imprensa tem que cobrar e fiscalizar, como está fazendo, mas os que torcem contra vão dar com a cara na porta, vão se ferrar. Barcelona vai ficar no chinelo", disse Paes.

O prefeito estava acompanhado do governador Sérgio Cabral, do presidente da Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, do general da APO (Autoridade Pública Olímpica), general Azevedo e Silva, e do secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes. Paes disse que a intenção é construir obras que sejam utilizadas pela população após os Jogos.

"Não estou a fim de fazer um Parque Aquático de não sei quantos trilhões e depois ficar com um elefante branco. O importante é o legado. O que era para ser feito em 20, 30 anos, está sendo feito em cinco", completou.

A cerimônia de visita ao Parque Olímpico marca uma série de eventos para a contagem regressiva de mil dias para os Jogos, comemorada neste sábado. Apesar do otimismo do chefe do município, apenas o Centro de Tênis começou a ser construído no local visitado.

Obras como Complexo Olímpico de Deodoro e a linha 4 do metrô estão previstas para serem entregues no final do primeiro semestre de 2016.

"[Deodoro] é o mais atrasado, mas tem uma vantagem, é muito simples. Os equipamentos são pequenos, no máximo cinco mil lugares. Vai permitir um pouco recuperar o tempo perdido. Vai sair a licitação e no início do no que vem começam as obras, que vão durar um ano, um ano e meio".

Paes também defendeu a parceria entre poder público e setor privado e minimizou atritos durante a definição do plano diretor, que aponta responsabilidade de cada esfera governamental na preparação dos Jogos.

"Acho que as empresas [envolvidas na construção do Parque Olímpico] vão ter lucro. Acho, não, tenho certeza. Essa parceria foi fundamental. Conflito na hora de decidir as questões sempre tem, mas são conflitos internos, a gente senta na mesa, discute e resolve".

Os eventos de comemoração dos mil dias para a Olimpíada seguem neste sábado, com uma missa que será realizada pelo arcebispo do Rio, Dom Oraní Tempesta. O orçamento da Olimpíada e o plano diretor ainda não foram divulgados.