Havelange se engana com opções "Não" ou "Sim" e comete gafe em eleição no COB

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Daniel Marenco/Folhapress

    Debilitado, Havelange recebe auxílio para sair de seu carro na sede do COB

    Debilitado, Havelange recebe auxílio para sair de seu carro na sede do COB

João Havelange protagonizou uma das cenas mais inusitadas desta sexta-feira no Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Após a votação que confirmou a permanência de Carlos Arthur Nuzman no comando da entidade por mais quatro anos, ele pediu a palavra e afirmou que tinha se confundido com as opções. Ele, no entanto, tinha votado corretamente.

A confusão aconteceu quando o resultado da votação foi anunciado. Nuzman foi aclamado com 30 votos a seu favor, um contra e duas abstenções, em um colégio eleitoral com 33 eleitores. Quando o voto contra foi anunciado, Havelange pediu a palavra: "Fui eu o único que votei contra o Nuzman. Mas foi um erro. Então houve uma unanimidade", afirmou o ex-dirigente, membro nato do COB.

A votação, no entanto, era simples. Votavam "Sim" os favoráveis a Nuzman. E "Não" quem era contrário à reeleição. Como o voto de todos os presentes na reunião era conhecido, a mesa que comandava a votação foi rápida ao avisar o equívoco. "Doutor Havelange, sim é sim", afirmou Ary Graça, da CBV. O voto contrário era de Eric Maleson, da CBDG.

Aos 96 anos, o ex-presidente da Fifa chegou à sede do Comitê Olímpico Brasileiro acompanhado e andando com o auxílio de uma bengala. Sua presença era incerta. No início do ano, ele sofreu com uma infecção no tornozelo direito e chegou a ser internado em maio.

Em junho, ele abriu mão de sua cadeira no Comitê Olímpico Internacional (COI) quando a entidade iniciou um processo de investigação que ligava seu nome a um escândalo de propinas. Ele também passará por um processo interno na Fifa que pode custar o cargo de presidente honorário da entidade.

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