Dilma e COI fazem reunião sobre 2016, mas ninguém decide quem paga a conta

Aiuri Rebello

Do UOL, em Brasília

  • Alan Marques/ Folhapress

    A presidente Dilma e o presidente do COI, Thomas Bach, se reuniram para discutir sobre os Jogos no Rio

    A presidente Dilma e o presidente do COI, Thomas Bach, se reuniram para discutir sobre os Jogos no Rio

Após uma reunião de cerca de uma hora com a presidente Dilma Rousseff sobre a organização dos Jogos Olímpicos de 2016, nesta terça-feira, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e o novo presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, saíram da sala no Palácio do Planalto sem nenhuma novidade.

A resposta aos jornalistas que esperaram o resultado da reunião por cerca de uma hora foi de que orçamento dos Jogos, assim como a definição sobre o que cabe ao governo e o que  cabe ao COI, continua incerto.

"Tempo é a chave para o sucesso dos Jogos", repetiu o presidente do COI em três momentos distintos durante o sue discurso à imprensa. Apesar da indefinição, Bach afirma que está tranquilo e acredita que todos prazos para a organização do evento serão cumpridos.

"Depois dessa reunião com a presidente, estou muito confiante de que todos os prazos serão cumpridos. Viemos reafirmar nossa disposição para trabalhar junto com o governo brasileiro na organização dos Jogos, e tenho certeza de que a presidente, o governo do estado e a prefeitura estão unidos e trabalhando no preparativos para fazermos grandes Jogos Olímpicos em 2016".

De acordo com Bach, a partir dos próximos meses haverá um empenho muito grande nos preparativos para as olimpíadas.  Questionado sobre o orçamento, o presidente do COI disse que ele se divide em duas partes: a primeira referente a realização das competições, que, na visão dele, deve dar lucro - ao COI - por ser patrocinada; e segunda referente ao preparativo da cidade do Rio de Janeiro para receber os Jogos, que deixam legado para a cidade e para o Brasil.

Dentro desta segunda parte, ele coloca, por exemplo,  a construção de complexos esportivos e a Vila Olímpica que vira uma nova área de moradias para a cidade.

"Temos certeza de que os Jogos deixarão um grande legado para o Rio de Janeiro e para o Brasil. Assim como em Barcelona, a população com certeza vai dizer que a Olimpíada deixou uma cidade melhor para atrás".

Já Rebelo preferiu não falar sobre a divisão de gastos com o COI. Sem definir valores nem responsabilidades, ele afirmou que a Matriz de Responsabilidades dos Jogos (documento que define a lista de todas as obras, valores e responsabilidades sobre elas que devem estar prontas até lá) estará pronta "provavelmente nos próximos dias".

Da acordo com o Ministro do Esporte, 95% do orçamento já está fechado e faltam apenas definir alguns detalhes.

Além da presidente, do ministro do Esporte e do presidente do COI, participaram da reunião o presidente da APO (Autoridade Pública Olímpica), general Fernando Azevedo e Silva, o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Arthur Nuzman, o governador do RJ, Sérgio Cabral, o ainda ministro da Educação e futuro ministro-chefe da Casa Civil Eduardo Mercadante e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, além de outros integrantes do governo e do COB.

A reunião com a presidente estava marcada para às 15h desta terça-feira, mas foi adiantada para às 11h por conta de um compromisso do Ministro do Esporte Aldo Rebelo. Agora à tarde, a Comitiva do COI e do COB segue com o governador e o prefeito para o Rio de Janeiro.

Obras das Olimpíadas do Rio 2016
Obras das Olimpíadas do Rio 2016

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