Quinta-feira 05/05/2016 - 19:15

Gigante de Arroyito, Rosário

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Rosario Central Rosario Central
  • Marco Ruben
  • Marco Ruben
  • Alejandro Donatti
Pós-jogo
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Grêmio Grêmio

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Do UOL, em São Paulo

Muricy Ramalho colocou em campo diante do Corinthians a sexta escalação do São Paulo em seis jogos em 2015. Por um misto de opção tática, preservação de jogadores e oportunidade aos jovens, o treinador são-paulino não repetiu o time na temporada. Nesta quarta, uma equipe surpreendente, com algumas mudanças inéditas para o clássico, não deu certo: o time foi dominado e derrotado sem contestação em Itaquera.

Na estreia, defesa com Toloi e Edson Silva, Thiago Mendes no meio e Kardec e Luis Fabiano no ataque. Depois, Lucão ganhou lugar na defesa, Pato no ataque; Ganso voltou ao meio. No clássico com o Santos, chance para o garoto Ewandro. Contra o Bragantino, última partida, esquema com três zagueiros, estreia de Doria e Centurión, com o garoto Boschilia entre os titulares.

Diante do Corinthians, foram três mudanças inéditas: pela primeira vez no ano, Michel Bastos atuou na lateral esquerda; Doria, que só havia atuado com três zagueiros diante do Bragantino, jogou em uma formação com dois defensores. O meio com Denilson, Souza, Maicon e Ganso também apareceu pela primeira vez em 2015.

As surpresas vieram depois de uma semana repleta de mistérios: enquanto Tite revelou a escalação corintiana na terça, Muricy fechou os treinamentos, e deixou claro desde a semana passada que não revelaria a escalação. A estratégia não deu certo.

Um dos principais destaques do time na temporada, Michel Bastos não repetiu as boas atuações na lateral. Após o jogo, repetiu um discurso adotado já no começo do ano, de que rende mais no meio de campo. "Eu sei jogar, lógico, mas acho que hoje eu posso dar um pouco a mais em outra posição. Hoje o Muricy optou por isso para dar possibilidade a outro jogador, tentei dar meu máximo. A gente sempre quer jogar na nossa função", disse.

Dória também não foi bem, e vacilou em alguns lances. Na saída de campo, se irritou com perguntas sobre seu preparo físico. "Com certeza, estou preparado sim", disse, antes de deixar a zona mista.

O meio até trocou mais passes do que o Corinthians, mas, com dois centroavantes de pouca velocidade, Maicon e Ganso não encontraram espaço para enfiar as bolas. Cássio praticamente não trabalhou no Itaquerão.

Depois da partida, o próprio Muricy Ramalho reconheceu que as mudanças não surtiram efeito. "Quis liberar os dois laterais, os dois atacantes e o Ganso, mas não surtiu efeito. Não teve penetração, não teve jogada de fundo do campo. Para classificarmos na Libertadores, é muito pouco. Só com isso não tem condições".

O São Paulo volta a campo no sábado, diante do Audax, no Morumbi. Possivelmente, terá a sétima escalação da temporada. A missão, agora, é encontrar o time ideal antes de voltar a atuar pela Libertadores, diante do Danubio, na quarta-feira.
 

Fases do jogo

  • Primeiro tempoEm vantagem no duelo, o Rosario Central mudou a estratégia. Deu a bola para o Grêmio, que foi para o intervalo com 61% de posse e esperou por espaços e erros. Ganhou um bufê quase infinito deles. Marco Ruben fez dois gols em cima disso. Primeiro, Walace errou na marcação e Fred no posicionamento. O camisa nove só desviou para o gol, onde Marcelo Grohe se atrapalhou e deixou entrar lentamente. Depois, Marcelo Hermes cometeu pênalti infantil em Cervi. O centroavante liquidou Grohe em uma cobrança alta e forte. O time gaúcho, que precisava vencer, concluiu apenas três vezes.
  • Segundo tempoNo intervalo Roger tirou Douglas e botou Pedro Rocha. Não mudou nada na prática, tirando novo posicionamento de Luan. Sem criatividade e profundidade, o Grêmio vacilou de novo na bola aérea. Donatti subiu completamente sozinho e fez 3 a 0 logo aos 12 minutos. Com certo desespero, o time gaúcho se lançou ao ataque e deu espaços. Grohe protagonizou cena bisonha ao sair do gol e errar passe. Por segundos, o tricolor ficou sem goleiro e à mercê do rival. Nos minutos finais, a torcida local gritou olé.

Destaques

  • Quarta vezAssim como ocorreu em 2011, 2013 e 2014 o Grêmio caiu da Libertadores na mesma fase. As oitavas de final. As eliminações foram diante de Universidad Católica, Santa Fe-COL e San Lorenzo.
  • Nove anos depoisA última derrota do Grêmio, em confrontos de mata-mata, da Libertadores sem nenhum gol pró foi histórica. Ocorreu em 2007, na decisão contra o Boca Juniors. Em Buenos Aires, o time de Riquelme fez 3 a 0. E em Porto Alegre, aplicou 2 a 0.
  • Parou...Melhor ataque do Brasil em 2016, na soma dos gols marcados em Libertadores, Primeira Liga e Gauchão, o Grêmio não conseguiu fazer nada nos dois jogos contra o Central. E era esta a grande aposta do time gaúcho para o duelo.

Melhores

  • Marco Ruben, Rosario CentralCentroavante marcou duas vezes e comandou o time argentino. Saiu ovacionado de campo, antes do final.

Piores

  • Fred, GrêmioZagueiro errou posicionamento e teve participação direta no primeiro gol do jogo. Durante todo o duelo, falhou em antecipação e desarmes. Cometeu faltas e foi explorado pelo Central pela velocidade limitada.

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