Prefeito do Rio defende desmonte do velódromo do Pan e minimiza queixas: 'jogo de demagogia'

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Júlio César Guimarães/UOL

    Federação de Ciclismo entrará na Justiça cobrando que atletas tenham onde treinar

    Federação de Ciclismo entrará na Justiça cobrando que atletas tenham onde treinar

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, defendeu nesta terça-feira o desmonte do velódromo construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007. Segundo ele, a pista será transferida para Goiânia enquanto uma nova será construída para a Olimpíada de 2016.

Ele disse que a transferência vai garantir um local de treinamento para a equipe brasileira de ciclismo para os Jogos de 2016. Por isso, Paes disse que não são justas as críticas do presidente da Federação de Ciclismo, Cláudio da Silva Santos, que afirmou que o desmonte do velódromo deixaria atletas sem uma pista para se prepararem para a Olimpíada do Rio.

"Fizemos um esforço para manter o velódromo aqui. De qualquer maneira ele teria que passar por reformas e não poderia ser usado até 2016", explicou o prefeito. "Vamos deslocar a pista para Goiânia onde a seleção brasileira vai treinar. É inacreditável que o presidente da Federação de Ciclismo, que é informado, permaneça com esse jogo de demagogia."

Santos, da Federação de Ciclismo, afirmou dias após o anúncio do desmonte que entraria na Justiça exigindo um local para os ciclistas treinarem. Ele disse também que levar o velódromo do Pan para Goiânia era "uma solução absurda".

Inicialmente, o Prefeito do Rio também era contra a medida e pediu que houvesse uma adaptação na instalação já existente. Porém, a Empresa Olímpica Municipal apontou várias modificações necessárias e disse que a reforma sairia por R$ 126 milhões, R$ 8 milhões a menos dos que os R$ 134 milhões previstos para a construção de uma nova pista – já com as especificações mínimas.

O traçado atual permite que os atletas alcancem uma velocidade máxima de 65km/h, enquanto que o novo permitirá chegar aos 85 km/h. Além disso, o velódromo construído em 2007 comporta apenas 1.500 pessoas, quando o mínimo atualmente é de 5 mil. Outro problema encontrado são as colunas de sustentação, que impedem os torcedores de ter uma melhor visão da pista.
 

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